Apontado como o chefe da quadrilha que contrabandeava carros importados de luxo para o Brasil e preso na sexta-feira durante a Operação "Black Ops", o israelense El Al Yoran já havia sido detido no Rio em 2007, mas foi solto no mesmo ano, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). À época, a Corte negou um pedido de extradição feito pelo governo americano. Al Yoran - que é tido como um dos maiores traficantes de ecstasy dos Estados Unidos - era acusado na Califórnia de "conspiração com formação de quadrilha para extorsão; conspiração para extorsão; cobrança de crédito por meios extorsivos e interferência no comércio com ameaça de violência".
Na época, o governo dos Estados Unidos formalizou o pedido com base no Tratado de Extradição firmado com o Brasil e na Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional. O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo no STF, encontrou falhas nas acusações contra Al Yoran, que não possuíam correspondência no Código Penal brasileiro.
Ainda segundo o relator, a Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional não poderia ser acolhida porque não havia promessa de reciprocidade dos Estados Unidos que desse a "certeza do Estado brasileiro de que, em situações semelhantes, será dado tratamento paritário pelo estado norte-americano".
A Polícia Federal, que vinha investigando o acúmulo de bens do israelense desde 2009, optou por mantê-lo sob vigilância, a fim de obter provas para prender a quadrilha contrabandista de carros luxuosos. Ainda segundo a PF, estes carros importados para o Brasil vinham da Europa, Ásia e América Latina.
Caso seja condenado, é possível que Al Yoran cumpra pena no Brasil, por responder processos por contrabando, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha e evasão de divisas.
Centrão não quer Bolsonaro, mas terá que negociar com ex-presidente por apoio em 2026
“Por enquanto, eu sou candidato”, diz Bolsonaro ao descartar Tarcísio para presidente
Ucrânia aceita proposta dos EUA de 30 dias de trégua na guerra. Ajuda militar é retomada
Frei Gilson: fenômeno das redes sociais virou alvo da esquerda; ouça o podcast
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast