O dólar oscilou conforme a volatilidade internacional nesta sexta-feira, fechando com leve baixa após subir até 1,60 real em meio à preocupação com a crise da dívida na Europa.
A moeda norte-americana fechou em queda de 0,44 por cento, a 1,5815 real para venda. Na máxima do dia, o dólar chegou a 1,6020 real, em alta de 0,85 por cento. Foi a primeira vez desde 27 de junho em que o dólar foi cotado acima de 1,60 real.
A volatilidade não foi só no sentido da alta. Pela manhã, a moeda chegou a cair a até 1,5757 real, queda de 0,81 por cento --sempre acompanhando a corrida nos mercados globais.
"Teve o fluxo normal de sempre. O que oscilou, foi em cima do que aconteceu lá fora. Não foi em cima de nenhuma operação (local) não", afirmou o operador da corretora Renascença José Carlos Amado. "O mercado ficou tentando se ajustar... Foi um dia de 'tô rico, tô pobre."
Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar tinha queda de 0,85 por cento às 17h06, influenciado principalmente pela disposição da Itália em acelerar reformas para conseguir a ajuda do Banco Central Europeu (BCE) e enfrentar o ataque do mercado contra os bônus do país.
Na quinta-feira, dia de forte queda das bolsas, o dólar teve a maior alta em mais de 1 ano, de 1,76 por cento. O mercado teme que a crise da dívida na Europa contamine Itália e Espanha, duas das quatro maiores economias da zona do euro, colocando em risco a união monetária.
A outra grande preocupação dos investidores, uma possível volta à recessão nos Estados Unidos, foi amenizada nesta sexta após um relatório do governo mostrar criação de emprego maior do que o esperado em julho --117 mil postos.
A taxa Ptax, usada como referência para contratos futuros e outros derivativos, fechou a 1,5895 real para venda, em alta de 0,91 por cento.
O Banco Central (BC) manteve o padrão dos últimos dias de intervenção do mercado, com dois leilões de compra de dólares no mercado à vista.