Mais uma vez, o departamento de Pesquisa macroeconômica do Itaú Unibanco revisou para baixo a projeção para a economia brasileira de 2015. Em relatório divulgado nesta sexta-feira, 10, a equipe coordenada pelo economista-chefe Ilan Goldfajn alterou de uma queda de 1,1% para também queda, agora de 1,5% a previsão sobre a variação do PIB neste ano. Também foi revisada a projeção para o desempenho do PIB em 2016, de alta de 1,1% para avanço de 0,7%.

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O menor otimismo sobre a atividade econômica no país justifica-se, segundo o relatório, no resultado de 2014, que mostrou a economia estagnada, somado à deterioração do mercado de trabalho, das perspectivas e da confiança de empresários.

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No mesmo relatório, o Itaú Unibanco revisou a projeção para o superávit primário em 2015 (de 0,9% para 0,8% do PIB) e também em 2016 (de 1,8% do PIB para 1,5%). Segundo os economistas, a previsão de um resultado fiscal menor não decorre de uma menor crença na postura fiscal contracionista por parte do governo. O motivo é o “impacto da queda na atividade econômica sobre as receitas cíclicas”.

Outra revisão da equipe de Goldfajn que mostra um cenário mais negativo para a economia brasileira ocorreu sobre a inflação. O banco espera que o IPCA encerre 2015 com uma variação de 8,2% (antes era 8%). Para 2016, não houve alteração na projeção do IPCA (5,5%). Os economistas também mantiveram a projeção para o dólar no fim deste ano (R$ 3,10).

Diante desse cenário, de atividade mais fraca e inflação mais alta que o esperado anteriormente, a equipe de economistas prevê o fim da alta da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 28 e 29 de abril. Ainda tem dúvidas se o aumento será de mais 0,50 ponto porcentual ou mais 0,25 ponto porcentual.