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Após três trimestres de resultados machucados pelos efeitos da crise global, o Itaú Unibanco prevê que o cenário macroeconômico mais positivo do Brasil tenha reflexos para o banco na segunda metade de 2009.

"O pior já passou. A tendência é de melhora num futuro não distante", disse o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, em encontro com investidores e analistas nesta quarta-feira.

No caso da inadimplência, o executivo afirmou que os índices das operações com prazos mais curtos pararam de piorar, o que deve se refletir nas transações com atraso superior a 90 dias, a mais utilizada pelo mercado.

De acordo com o balanço do segundo trimestre divulgado na semana passada, o índice de inadimplências para operações vencidas há mais de 90 dias era de 5,4 por cento em junho, ante 4 por cento 12 meses antes.

De acordo com Setubal, os sinais de forte recuperação da economia doméstica criam um espaço positivo para ampliação do crédito. Por isso, o Itaú Unibanco elevou a previsão de crescimento de sua carteira, excluindo operações no exterior e de grandes empresas, da faixa de 10 a 15 por cento para a de 12 a 18 por cento em 2009.

No primeiro semestre deste ano, a evolução da carteira foi de apenas 3 por cento.

"O ambiente agora é muito propício ao crédito e nós estamos preparados", disse.

Banco do Brasil

Setubal disse enxergar com naturalidade a volta do Banco do Brasil à primeira posição do ranking de ativos no Brasil, liderança que havia sido conquistada pelo Itaú em novembro de 2008, por ocasião da união com o Unibanco.

"Vejo com muita naturalidade. Nós nunca nos propusemos a isso (a liderança por ativos)", afirmou Setubal.

O executivo também evitou estender a polêmica criada na semana passada depois de ele ter afirmado que algumas taxas de juros praticadas pelos bancos públicos eram insustentáveis, declaração que foi respondida com dureza por membros do governo.

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