A queda de 1,3 ponto percentual na taxa de captação dos bancos em dezembro, para 12,6% ao ano, não foi repassada para as taxas do cheque especial pessoa física, segundo revelou nesta terça-feira (27) o Banco Central.
No mês passado, ao invés de reduzir seus juros nesta linha de crédito, acompanhando o recuo que obtiveram nos seus empréstimos, as instituições financeiras subiram a taxa cobrada do cheque especial, que passou de 174,7% para 174,9% ao ano, informou o BC. Deste modo, permanece sendo o maior valor desde junho de 2003, quando estava em 176,9% ao ano.
No ano de 2008, os juros do cheque especial avançaram impressionantes 36,8 pontos percentuais, visto que estavam em 138,1% ao ano no fim de 2007.
Juros médios
Ao mesmo tempo, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em todas as suas operações, quer seja com empresas ou pessoas físicas, atingiu 43,2% ao ano no mês passado, contra 44% ao ano em novembro.
Em dezembro, houve uma queda de 0,8 ponto percentual na taxa média de juros bancária, mas, em todo o ano de 2008, o aumento foi de 9,4 pontos percentuais.
No caso da taxa de juros das instituições financeiras em suas operações com pessoas físicas, informou a instituição, esta caiu de 58,2% ao ano, em novembro, para 58% ao ano em dezembro.
Para pessoas jurídicas, os juros médios cobrados em dezembro totalizaram 30,7% ao ano, o que representa queda de 0,6 ponto percentual frente ao mês de novembro - quando somaram 31,3% ao ano.
Razões para o aumento
No ano de 2008, as razões para o aumento dos juros bancários são o aumento da taxa básica de juros, que avançou de 11,25% para 13,75% ao ano de abril até outubro do ano passado e, mais recentemente, a crise financeira internacional também deu sua contribuição.