O consumidor voltou a pagar juros mais altos nas operações de crédito no mês de maio. A taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 0,10 ponto percentual no mês passado, passando de 6,77% ao mês em abril (o equivalente a 119,48% ao ano) para 6,87% (121,96% ao ano). É a maior taxa de juros desde junho de 2010 e a oitava elevação consecutiva, acompanhando o movimento de alta da taxa básica de juros (Selic) que o Banco Central vem promovendo para tentar conter a alta da inflação.

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Adeus do HSBC reduzirá opções de crédito

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O levantamento foi feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Segundo a pesquisa, entre seis linhas de crédito analisadas, todas tiveram suas taxas de juros elevadas no mês, entre elas juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal nos bancos e empréstimo pessoal nas financeiras.

Os juros do comércio subiram de 5,16% para 5,21% ao mês, enquanto os do cartão de crédito, os mais altos da praça, passaram de 12,14% para 12,34%. A taxa do cheque especial saltou de 9,74% para 9,90% e o CDC nos bancos para a compra de veículos foi de 2,03% para 2,08%. Os juros do empréstimo pessoal nos bancos foi de 4% para 4,06% e nas financeiras saltou de 7,54% para 7,60%.

Para o diretor da Anefac responsável pela pesquisa, Miguel Ribeiro de Oliveira, vários fatores explicam a escalada dos juros no comércio nos últimos meses. Ele lembra que o crédito apertado, o endividamento das famílias e os juros altos aumentam o risco de crescimento da inadimplência.

“A inflação mais elevada, o aumento de impostos e juros maiores reduzem a renda das famílias. E o cenário de baixo crescimento econômico se reflete no aumento dos índices de desemprego. Assim, as instituições financeiras aumentam suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a alta da inadimplência”, diz Ribeiro de Oliveira.

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Ele cita também que a elevação da carga tributária para o sistema financeiro que aumentou a CSLL (Contribuição Social sobre o lucro líquido) de 15% para 20% inevitavelmente será repasse para as taxas de juros das operações de crédito.

Para o diretor da Anefac, como a expectativa é que o Banco Central continue elevando a Selic, novos aumentos dos juros ao comércio devem ser registrados nos próximos meses.