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indústria farmacêutica

Laboratório paranaense Prati-Donaduzzi investe em nutracêuticos

Prati-Donaduzzi quer oferecer produtos de nutrição com “qualidade farmacêutica”. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Prati-Donaduzzi quer oferecer produtos de nutrição com “qualidade farmacêutica”. (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

Maior fabricante de medicamentos genéricos do país, o laboratório farmacêutico paranaense Prati-Donaduzzi quer agora ganhar espaço no mercado de “nutracêuticos”, que tem crescido a taxas de mais de 20% ao ano, segundo estimativas.

Os nutracêuticos são alimentos funcionais baseados em nutrientes que podem atuar na prevenção de doenças, como minerais, proteínas, vitaminas e outros. Reconhecida pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento, a empresa de Toledo (Oeste do estado) lançou em junho os primeiros produtos de sua nova linha, chamada de Vigora. São quatro polivitamínicos e três suplementos de cálcio, em cápsulas gelatinosas.

A distribuição começou pelo Paraná e em seguida os produtos chegaram a pontos de venda no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Em 60 dias, eles devem estar à venda em todo o país, diz o vice-presidente da companhia, Eder Maffissoni. Até o fim do ano, a Prati-Donaduzzi vai colocar no mercado mais 12 produtos, e a meta para 2016 é lançar dois itens por mês. Dos 4,7 mil funcionários da empresa, 40 estão dedicados à produção de nutracêuticos.

“A intenção é oferecer ao consumidor alimentos funcionais com qualidade farmacêutica, garantindo que tudo o que está descrito no rótulo realmente está contido no produto”, diz Maffissoni. Ele se refere ao fato de que, por serem considerados alimentos, os nutracêuticos são submetidos a uma legislação mais branda que a dos medicamentos.

Ampliação

A Prati-Donaduzzi concluiu há algumas semanas a instalação de sua nova fábrica de produtos farmacêuticos, que está em fase de qualificação e certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo Maffissoni, a produção comercial começa em agosto e será elevada gradativamente. Os trabalhadores para a nova linha serão contratados aos poucos, alcançando um total de 350 a 400 pessoas até janeiro.

A nova fábrica, que recebeu investimentos de R$ 150 milhões nos últimos dois anos, aumenta em cerca de 50% a capacidade de produção da Prati-Donaduzzi. Dona de aproximadamente 30% do mercado brasileiro de genéricos, a companhia, que hoje produz quase 12 bilhões de doses terapêuticas por ano, poderá chegar à marca de 18 bilhões de doses anuais quando a nova linha estiver funcionando a plena capacidade.

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