Ministro da Fazenda disse que ainda é cedo para reduzir a meta de superavit primário| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

O ministro Joaquim Levy (Fazenda) disse nesta terça-feira (23) que a economia brasileira vive desde o início do ano uma “ressaca” marítima que tem abalado as receitas do governo, mas que ainda é cedo para reduzir a meta de superavit primário.

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Ele frisou que o governo tem alternativas na manga para aumentar a arrecadação. Como medida concreta, citou estudos para abrir o capital do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).

Também disse que conta com a reestruturação do Carf, órgão responsável por julgar autos de infração da Receita, para aumentar as receitas.

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“Ainda é precipitado querer fazer qualquer movimento em relação à meta, não adianta tirar o sofá da sala”, afirmou Levy em entrevista coletiva. “A gente tem capacidade de fazer um fiscal bastante significativo.”

Segundo o ministro, o país ainda vive um momento de “ressaca” causada por questões não relacionadas ao ajuste fiscal, como a crise de energia e o choque nos preços de commodities.

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Ele avaliou, no entanto, que o cenário melhorou desde o início do ano, com a “estabilização” das preocupações com a falta de energia e também uma reversão da tensão em relação à dívida da Petrobras.

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“Para quem é do Rio sabe que agosto ainda é mês de ressaca. Mas tem uma vantagem, ressaca passa”, afirmou.

Segundo Levy, no médio prazo, o governo quer priorizar medidas microeconômicas, como a reforma do ICMS e mudanças no PIS-Cofins, para melhorar o ambiente de negócios.

Até abril, o setor público economizou R$ 32,4 bilhões para o pagamento de juros da dívida. A meta para 2015 é uma economia de R$ 66,3 bilhões, o equivalente a 1,1% do PIB.