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Contas públicas

Levy nega conversas com agências de risco e parlamentares sobre meta fiscal

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por meio de sua assessoria de imprensa, negou qualquer articulação com agências de classificação de risco e líderes do Congresso para a mudança na meta de superávit primário das contas públicas. A informação oficial da assessoria é que não há debate nem acerto para a mudança da meta deste ano.

O Broadcast apurou as informações com fontes do governo abalizadas e envolvidas nas discussões. A reportagem também apurou que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), têm sido os principais envolvidos nas discussões. A preocupação do governo é a de que a mudança da meta não leve a um rebaixamento da nota do Brasil pelas agências.

Articulação

Segundo a reportagem, publicada também nesta sexta-feira (19), no jornal O Estado de S. Paulo, o governo Dilma Rousseff começou a articular com suas principais lideranças do Congresso uma proposta para reduzir a meta de superávit primário de 2015. Que a avaliação reservada de integrantes do governo, feita na equipe econômica e no Palácio do Planalto, é a de que o Executivo não conseguirá cumprir no fim do ano a meta de economizar 1,1% do PIB para pagar os juros da dívida, diante da forte queda das receitas da União, Estados e municípios e da retração econômica registrada desde o início do ano.

Por isso, nos bastidores, diz a matéria, o Ministério da Fazenda não fará questão de barrar iniciativas de senadores, como Romero Jucá (PMDB-RR), de cobrar que o governo envie, já em agosto, um projeto ao Congresso reduzindo a meta deste ano. E que o Ministério da Fazenda tem dado sinais de que deixa a discussão ocorrer, sem estimulá-la publicamente. Como o ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, o ministro Joaquim Levy já teve reuniões reservadas para discutir o assunto. Na Fazenda, a redução da meta também começou a ser debatida. O diagnóstico é o de que, quando o debate estiver maduro e for o momento adequado, não haverá surpresa num eventual envio de proposta de alteração da meta pelo governo ao Congresso. “Deixa rolar”, é como tem sido explicitada a ação do Levy.

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