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atividade econômica

Receita de serviços tem queda real de 6,6%

A receita nominal do setor de serviços registrou um crescimento de 1,7% em abril frente a igual mês do ano anterior, anunciou nesta quinta-feira (18) o IBGE. O resultado é inferior aos 6,1% registrados em março, mas superior ao 0,9% de fevereiro. A taxa de abril é a segunda menor da série histórica iniciada em 2012, atrás apenas da de fevereiro deste ano. No Paraná, o tombo foi ainda maior: recuo de 1%, após uma alta de 7% em março.

Descontada a inflação de serviços (8,3% nos 12 meses encerrados em abril deste ano, segundo o IPCA), a receita do setor apresentou queda de 6,6%, a 14.ª consecutiva nesse tipo de comparação e a terceira maior da série histórica, segundo cálculo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base na pesquisa do IBGE. De acordo com Fabio Bentes, economista da entidade, com essa queda, o setor de serviços acumula retração real (acima da inflação) de 5,8% nos quatro primeiros meses do ano.

Pelo dados do IBGE (que não levam em conta a inflação), no ano, a taxa acumulada atingiu 2,6%. Em 12 meses, a alta é de 4,3%. Os serviços profissionais, administrativos e complementares foram os que mais cresceram (6,7%). Já os serviços de informação e comunicação e outros serviços registraram resultado negativo de 0,1% e 2,2%, respectivamente.

Primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) inclui as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores de saúde, educação, administração pública e aluguel imputado – o valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram.

O setor de serviços é um dos mais importantes na composição do Produto Interno Bruto (PIB), respondendo por cerca de 60% do chamado lado da oferta – formado também por indústria e agropecuária. O setor fechou 2014 com alta acumulada de 6%, a menor da série histórica. Em 2012, o faturamento dos serviços avançou 10% e, em 2013, 8,5%. Como a pesquisa é recente, o IBGE ainda não divulga números oficiais descontando a inflação. Com isso, os dados mostram apenas o aumento do faturamento, e não o avanço do volume de vendas.

O segmento de serviços prestados às famílias cresceu 1,2% frente a abril de 2014, inferior às taxas de março (2,5%) e fevereiro (6,8%). A variação acumulada no ano é de 4,9% e em 12 meses, de 7%. No Paraná, o desempenho foi melhor: alta de 9,9%.

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