Desde 2001, a Líbia passou a ocupar uma posição de relativa importância no mercado internacional. A ascensão só foi possível após o início da "guerra ao terror", quando o país se posicionou como aliado dos norte-americanos, medida que rendeu bons acordos comerciais. Em 2003, tanto as Nações Unidas quanto os Estados Unidos derrubaram os embargos contra a Líbia. Em contrapartida, o governo do ditador Muamar Kadafi atuou fortemente na luta contra a Al-Qaeda e colaborou no julgamento do ataque de Lockerbie.
Nos últimos cinco anos, BP, Shell e Statoil aportaram por lá. Com os recursos do petróleo, a Líbia também passou a investir no exterior, especialmente na Itália, de quem foi colônia no passado. Hoje um fundo líbio possui ações do time de futebol Juventus e tem investimentos na infraestrutura energética italiana, com participação na Eni, gigante do setor. O país africano representa 20% de toda a importação italiana de petróleo. Ontem, a bolsa de valores de Milão foi a que fechou em maior queda na Europa, despencando 3,59%. "O continente europeu é o mais vulnerável à crise na Líbia", diz Adriano Pires, diretor do Centro Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Brasileiras
A abertura da economia líbia também atraiu empresas brasileiras ao país, especialmente as construtoras que já trabalhavam na África. A Oderbrecht foi a pioneira, em 2007, quando iniciou a construção de dois terminais do aeroporto internacional da capital, Trípoli. A Andrade Gutierrez e a Queiroz Galvão foram em seguida, trabalhando na infraestrutura urbana de cidades do país, com obras de saneamento. Mais tarde, foi a vez da OAS.
Analistas apontam que as empresas estrangeiras instaladas na Líbia são as que correm o maior risco no caso de uma mudança de governo. Se por um lado um eventual novo líder do país resistiria muito em comprometer o fornecimento de petróleo, por outro ele teria menos medo em romper contratos com as multinacionais.
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