Apesar do "céu de brigadeiro" em que se encontram muitas companhias brasileiras, alguns fatores podem, sim, limitar o crescimento de seus ganhos no curto prazo. Para o professor do Ibmec Pedro Jaime Cervatti, toda a indústria nacional deve estar muito bem posicionada para fazer frente ao dólar barato e à concorrência com produtos chineses de qualidade. "A indústria de papel, revestimentos e de tubos e conexões pode ter algum problema se o dólar continuar a cair", alerta.

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O agente de investimentos da corretora Investflow, Gustavo de Andrade, destaca ainda que a diminuição dos lucros de bancos americanos pode gerar recessão e contaminar o setor real da economia americana. E recessão na maior economia do mundo teria, certamente, efeitos nefastos sobre a economia brasileira. "No ano que vem teremos que ter muita cuatela com o mundo lá fora. Mas a expectativa é continuarmos nesse ritmo de crescimento."

O professor Cervatti lembra ainda que os problemas de infra-estrutura no Brasil – nas áreas de energia, logística e portos e aeroportos – podem ser barreiras para o crescimento de empresas no futuro. "A dependência de energia externa, como é o caso do gás, a crise nos aeroportos e o funil nos portos, a dificuldade de escoamento da produção, tudo isso prejudica as companhias. Mas nada que possa impactar os resultados no curto prazo. O que pode ocorrer é que não vai haver novos investimentos entre aquelas empresas que poderiam crescer. Pode-se perder oportunidade de ganhar mais." (FL)

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