| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Os credores sem garantia real (quirografários) são os que têm a maior quantia a receber da Oi, um total de R$ 61,2 bilhões. Há nessa relação, por exemplo, bancos e detentores de títulos. A dívida total que consta no plano é de R$ 65,4 bilhões.

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A relação apresentada à Justiça do Rio, com quase 400 páginas, traz ainda o detalhamento de quanto dessa parcela está em moeda estrangeira. Dentro dos R$ 61,2 bilhões, são 9,56 bilhões de euros.

Os grupos financeiros estrangeiros Citigroup e BNY Mellon lideram a lista, de acordo com os documentos enviados no pedido de recuperação judicial. Somadas, as duas instituições representam 52% do total da dívida da Oi.

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LEIA MAIS: veja a lista dos principais credores

As principais instituições brasileiras representam apenas 17%. Os principais credores no país são, na ordem, Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal.

Outros bancos estatais, como Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco de Brasília também possuem exposições milionárias à Oi. O Banrisul, embora também esteja na lista, possui menos de R$ 1 milhões a receber da empresa.

Os demais credores são microempresas e empresas de pequeno porte (R$ 158,2 milhões), trabalhadores (R$ 668 milhões) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), único da lista que possui garantia real. O banco de fomento possui crédito de R$ 3,34 bilhões.

Há um grande número de pessoas físicas listadas no documento dentro da parte de credores sem garantia real, sendo que parte delas são pessoas que entraram com ações na Justiça contra a operadora.

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Fornecedores

Os problemas financeiros da Oi representam uma ameaça para a cadeia do setor, formada por empresas de pequeno, médio e grande portes cujos negócios estão concentrados nas maiores operadoras nacionais.

Do total da dívida de R$ 65,4 bilhões, R$ 1,5 bilhão são pagamentos relativos a fornecedores, segundo fontes.

Na lista, aparecem por exemplo grandes empresas como a Alcatel Lucent Brasil (R$ 30,9 milhões), Nokia Siemens (R$ 26,8 milhões), a Nokia Solutions (R$ 102,2 milhões) e IBM Brasil (R$ 31,2 milhões). Há ainda comércios, como as Lojas Americanas (R$ 181,4 mil).

Poder público

Com o poder público, a Oi deve, por exemplo, para o governo do Rio de Janeiro R$ 5.772. A KPMG Auditores Independentes tem crédito de R$ 145.257.

Os valores a receber também variam significativamente. Há quem tenha crédito de centavos, enquanto outros de bilhões. Caso o plano de recuperação judicial seja aceito pela Justiça, os credores poderão questionar os valores fornecidos pela Oi. A companhia é assessorada pelos escritórios BMA - Barbosa, Müssnich, Aragão, Penalva Santos e Basilio Advogados.

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Veja a lista dos principais credores

Brasileiros

Banco do Brasil: R$ 4,372 bilhões

BNDES: R$ 3,340 bilhões

CEF (Gefix): R$ 1,964 bilhões

Banco Itaú BBA: R$ 1,502 bilhão

Banco do Nordeste: R$ 127 milhões

Banco da Amazônia: R$ 79 milhões

Banco de Brasília: R$ 53 milhões

Estrangeiros

Bank of New York Mellon: R$ 18,166 bilhões

Citibank: R$ 15,743 bilhões

China Development Bank: R$ 2,410 bilhões

BNP Paribas: R$ 1,129 bilhões

Credit Agricole Corporate and Investiment Bank: R$ 802 milhões

EDC - Export Development Canada: R$ 507 milhões

Órgãos públicos

Anatel (Multas): R$ 10,072 bilhões

Ministério Público de Minas Gerais: R$ 183 milhões

Fonte: TJ-RJ