Vendas de televisores disparam
A menos de 15 dias do início da Copa do Mundo, as vendas de televisores dispararam. Grandes redes varejistas mais que dobraram o número de unidades comercializadas na comparação com mesmo período do ano passado. Apesar do forte ritmo do consumo, lojistas informam que, por enquanto, não faltam produtos, mesmo os modelos mais procurados, como as tevês de LCD de 32 polegadas.
"Classe C deixou sofá rasgado para ter LCD"
Beneficiada pela inclusão social e pelo aumento da renda, a varejista Magazine Luiza vê boas perspectivas para o aumento das vendas, especialmente de aparelhos de televisão LCD devido à Copa do Mundo. "A classe D e C deixou o sofá rasgado para ter um LCD. Eles veem na novela das oito e querem o que é bom", disse a presidente da Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, durante o Forum Exame.
A dez dias do início da Copa do Mundo, os lojistas comemoram o aumento do faturamento motivado pela venda de produtos para acompanhar e torcer durante o Mundial de bandeiras e cornetas a televisores de LCD e produtos de chocolote. Em algumas lojas, há produtos esgotados, e a tendência é que nos próximos dias, quando as seleções entrarem em campo, a procura cresça ainda mais.No Mercado de Embalagens, no Centro de Curitiba, sobram poucos metros de bandeiras do Brasil e alguns produtos para decoração precisaram ser repostos ainda na semana passada, segundo o vendedor Tiago Manfron. "Alguns modelos de buzina já estão esgotados. Na semana passada, vendemos as 600 bolas coloridas que tínhamos. Já pedimos mais 2 mil e vendemos quase tudo."Manfron diz que, até agora, a procura maior era por parte de lojistas, mas ele acredita que os torcedores devem lotar o estabelecimento nos próximos dias. Essa também é a aposta do gerente da Comercial Embalagens, Guilherme Lessac. "Dividimos o espaço da loja com coisas de Festa Junina e do Dia dos Namorados. Mas a procura maior mesmo é para a Copa", conta. A expectativa do gerente é vender neste ano entre 20% e 30% a mais do que em junho do ano passado, justamente por conta do torneio de futebol. "Há uma procura grande por cornetas e tudo que faz barulho."
O gerente da Fanel Sports, José Carlos Faret, diz que a venda de camisas oficiais da seleção brasileira superou as expectativas a loja vendeu em maio tudo o que imaginava comercializar em junho, e os estoques estão vazios. "O pico de vendas aconteceu quando a seleção estava em Curitiba. E a má notícia é que a Nike não está aceitando pedidos até julho", diz. "O que temos agora são as camisas temáticas."
Para o grupo SBF dono das lojas Centauro , os anos de Copa do Mundo são considerados anos com dois Natais, graças ao grande consumo de produtos associados à seleção brasileira.
Faturamento
Uma pesquisa divulgada no início do mês pela Serasa Experian mostra que 50% dos empresários do varejo de todo o país esperam um aumento do faturamento de seus negócios por causa da Copa. Entre os produtos mais procurados, na visão dos próprios varejistas, estão artigos de torcida, tevês convencionais e de alta definição, eletrônicos e bebidas em geral.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), nos 30 dias da competição na África do Sul, entre 11 de junho e 11 de julho, a expectativa é de que o consumo de cerveja no mínimo dobre em todo o país, chegando a 600 milhões de litros.
Shoppings
Nos shoppings, a Copa do Mundo deve provocar um aumento no comércio de vários segmentos. A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) espera um aumento de vendas de até 35% apenas para o setor de artigos esportivos. A entidade estima ainda um incremento de cerca de 13% no faturamento das redes de fast food e nos restaurantes muitos deles farão promoções para os jogos da seleção, que incluem pratos temáticos e rodadas gratuitas de bebidas.
A animação chega até a segmentos que pouco tem a ver com esportes. A rede de salas de cinema Cinemark, por exemplo, colocou à venda, apenas para empresas, 40 mil ingressos para exibir os jogos em tecnologia 3D pela Rede Globo. As vendas terminam hoje e valem para salas da rede em Curitiba e algumas outras capitais.
A marca de chocolates finos Kopenhagen também pegou carona com a Copa e lançou para o período uma pipoca de canjica coberta com chocolate chamada PipoKopa. A marca investiu R$ 100 mil no lançamento, e tem como objetivo vender 50 mil unidades durante o mês da competição.
Marcas de roupas femininas de alto padrão apostaram em peças temáticas para aproveitar a onda do Mundial. "O volume de consumidoras querendo se destacar na torcida está crescendo a cada semana", comemora a franqueada da Spezzato em Curitiba, Francelli Cavalca. A grife oferece blusas e casacos com referência ao mundial. O empresário Willian Korquievicz, franqueado das marcas Los Dos e Bobstore, espera um aumento entre 10% e 12% nas vendas, apostando em roupas e acessórios para torcedores. "O consumidor se envolve com o campeonato e quer estar com um look diferente no seu grupo e não apenas usando a tradicional camiseta da seleção", aposta.
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