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Aviação

Lucro da TAM salta no trimestre e cia melhora previsões

O lucro líquido da TAM mais que dobrou no segundo trimestre, impulsionado por um salto ainda maior no resultado financeiro da empresa, que foi beneficiado por variação cambial. A companhia citou confiança em recuperação do setor e reviu para cima suas estimativas de crescimento da demanda doméstica em 2009.

A TAM teve lucro líquido de 788,9 milhões de reais no segundo trimestre, pelos padrões contábeis brasileiros (BR Gaap), uma alta de 134 por cento sobre o resultado positivo de 337 milhões de reais um ano antes.

Já no padrão internacional IFRS, o lucro líquido passou de 241,4 milhões de reais para 539,6 milhões de reais no período.

A empresa, que no primeiro trimestre do ano havia reduzido sua estimativa de crescimento da demanda doméstica em 2009 de 5 a 9 por cento para 1 a 5 por cento, decidiu rever a previsão, elevando-a para expansão de 7 a 10 por cento.

A revisão ocorreu depois que o mercado brasileiro registrou alta de 6,6 por cento na demanda interna entre janeiro e julho, informa a TAM em seu balanço.

Nesta semana, a rival Gol divulgou lucro líquido de 353,7 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo de um ano antes, também beneficiada por salto no resultado financeiro. A empresa citou que está vendo uma melhora na demanda neste semestre.

O resultado financeiro da TAM no segundo trimestre foi positivo em 1,284 bilhão de reais, contra 373,8 milhões de reais positivos um ano antes, ajudando a empresa a enfrentar queda na rentabilidade de voos domésticos e internacionais, por yields e taxas de ocupação menores que um ano antes e fraqueza no segmento de cargas, por causa da menor atividade da economia.

O Ebitda, sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização, depreciação e leasing de aviões, somou 191,5 milhões de reais de abril a junho, com margem de 8,3 por cento. Um ano atrás, o Ebitdar foi de 318,1 milhões de reais, com margem de 12,6 por cento.

A empresa registrou aumento de 3,6 por cento nas despesas operacionais, atingindo 2,451 bilhões de reais. Já o índice Cask, que mede custos por assentos oferecidos, recuou 10,4 por cento. As despesas com combustíveis caíram 37,3 por cento, ajudadas pelo recuo dos preços na comparação com o mesmo período do ano passado.

A companhia sofreu queda de seis por cento no volume de passageiros transportados, para 7,086 milhões no segundo trimestre. Enquanto isso, o número de horas voadas por aeronave caiu 8,3 por cento, a 11,6 horas.

A receita líquida da empresa totalizou 2,298 bilhões de reais, queda de 8,6 por cento sobre o faturamento de 2,514 bilhões de reais um ano antes.

A empresa ampliou em 6,4 por cento o número de funcionários da unidade TAM Linhas Aéreas mas reduziu em 31,2 por cento o quadro das operações no Mercosul.

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