O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve queda de 83 por cento no lucro líquido do primeiro semestre, para 702 milhões de reais.

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A linha final do balanço teve influência negativa do menor resultado de participações acionárias, que caiu para 1,3 bilhão de reais, ante 4,8 bilhões de reais de janeiro a junho de 2008, segundo informou o banco de fomento em comunicado à imprensa.

"A queda foi consequência da interrupção do processo de venda de ações, em função de um mercado desfavorável. As operações de desinvestimentos geraram um lucro bruto de 72 milhões de reais, ante os 4 bilhões de reais do primeiro semestre do ano passado", conforme o BNDES.

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Além disso, o BNDES contabilizou uma despesa com provisão para risco de crédito de 1,1 bilhão de reais. Um ano antes, houve reversão de provisões no valor de 400 milhões de reais.

O banco disse adotar "postura conservadora" nas provisões, ainda que a inadimplência seja bem inferior à média do sistema financeiro brasileiro, em 0,18 por cento no primeiro semestre.

A receita bruta da intermediação financeira cresceu de 2,1 bilhões para 2,7 bilhões de reais entre os dois períodos. Nesse item, a redução das taxas de juros cobradas pelo banco foi compensada pela expansão da carteira de crédito.

Segundo o banco, a crise internacional não afetou a qualidade da carteira do sistema BNDES. Em junho deste ano, 97 por cento das empresas financiadas estavam classificadas com risco de crédito entre "AA" a "C", acima do percentual visto em bancos privados e outras instituições financeiras públicas.

Os ativos totais do sistema BNDES estavam em 309 bilhões de reais em junho de 2009, apresentando crescimento de 11,4 por cento sobre dezembro. Desse total, 72,7 por cento referem-se à carteira líquida de financiamentos e repasses.

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