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Resultados

Lucro recua, mas Fibria reduz endividamento no 2o tri

A Fibria, maior produtora de celulose do mundo, registrou forte crescimento no seu lucro líquido no segundo trimestre em comparação aos três primeiros meses do ano, mas queda expressiva ante os mesmos meses de 2009.

A companhia também reduziu de forma expressiva suas dívidas bruta e líquida, ainda resultado das perdas com derivativos da Aracruz em 2008.

Entre abril e junho, o lucro da companhia foi de 130 milhões de reais, queda de 86 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

No segundo trimestre do ano passado, a integração das operações da Aracruz Celulose e Votorantim Celulose e Papel (VCP) ainda não havia sido concluída e os resultados ainda eram reportados separadamente. Por isso, os resultados de 2009 foram divulgados na base proforma.

O resultado da Fibria ficou abaixo das estimativas de cinco analistas de mercado consultados pela Reuters, que esperavam lucro de 169,3 milhões de reais no trimestre .

No acumulado do primeiro semestre, o lucro da Fibria caiu 94 por cento em relação a primeira metade de 2009, para 139 milhões de reais.

Em 30 de junho, a dívida bruta era de 13,2 bilhões de reais, queda de 18 por cento ante o segundo trimestre de 2009. A dívida líquida recuou 18 por cento na comparação anual, chegando a 10,85 bilhões de reais.

O aumento no preço médio líquido da celulose favoreceu o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) da companhia, que ficou em 730 milhões de reais no trimestre. O valor significa alta de 87 por cento ante o segundo trimestre do ano passado. A previsão dos analistas era de uma geração de caixa operacional de 713,5 milhões.

A receita líquida da companhia, por sua vez, subiu 23 por cento ante o segundo trimestre de 2009, totalizando 1,809 bilhão de reais, acima das estimativas de 1,7 bilhão de reais.

PRODUÇÃO E VENDAS CAEM

No segundo trimestre de 2010, a Fibria produziu 1,208 milhão de toneladas de celulose, queda de 9 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, contudo, a produção cresceu 7 por cento, para 2,52 milhões de toneladas.

"A dinâmica positiva do setor de celulose permitiu que as vendas de 1,253 milhões de toneladas fossem superiores à produção no período", afirmou a Fibria.

Os estoques de celulose da companhia voltaram a cair, e fecharam o trimestre em 33 dias de produção, contra 35 dias do primeiro trimestre deste ano.

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