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Lula vai ao Paraguai assinar acordos com Nicanor Duarte

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Paraguai quer rever regras de venda da energia de Itaipu

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Agenda de Lula em Foz do Iguaçu

15h30 – Lula deixa Assunção e parte para Foz do Iguaçu.

17h – Chegada ao Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (horário brasileiro).

17h20 – Cerimônia de inauguração das unidades geradoras 9A e 18A da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

20h – Partida para Brasília.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesse final de semana em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, o arrocho na fiscalização da fronteira do Brasil-Paraguai. Segundo ele, a solução para o combate ao contrabando não é a construção de um muro na aduana, como chegou a ser especulado no início do ano, mas sim o aumento do efetivo policial e fiscal na área.

Lula embarcou por volta das 16h30 de domingo para Assunção, depois de ter passado o fim de semana em Foz do Iguaçu. Ele esteve na Itaipu Binacional e no Parque Nacional do Iguaçu, a convite do diretor-geral da Itaipu Binacional Jorge Samek. Nesta segunda-feira, por volta de 17h, o presidente retorna a Foz do Iguaçu onde inaugura as duas últimas turbinas da Itaipu Binacional.

"O que precisamos é aumentar a nossa fiscalização e não criar o muro porque somos dois países amigos. É melhor colocar mais policiais e tomar melhor conta da aduana", disse o presidente. Lula afirmou que as obras de infra-estrutura na aduana vão prosseguir, porque é importante a polícia e a Receita Federal (RF) terem melhores condições de trabalho.

Na visão dele, a cota de compras no valor de US$ 300 deve ser respeitada e caso os sacoleiros – categoria de trabalhadores que o apoio para a eleição no primeiro mandato – transportem mercadorias acima desse valor estão cometendo irregularidades. "A PF e a RF têm que agir, não tem jeito", afirmou. O presidente ainda comentou que está em estudo a mudança da taxa de impostos para quem compra produtos importados no Paraguai, apesar de não ter adiantado detalhes da proposta.

A criação de um imposto diferencial para os sacoleiros comprarem no Paraguai é um pedido antigo do país vizinho e tem como principal defensor o prefeito de Ciudad del Este, Javier Zacarias Irún. Ano passado, Irún enviou a Brasília um estudo para implantação da taxa especial, mas até agora não obteve resposta. Ele e o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi pretendem entregar ao presidente uma carta solicitando medidas para combater a criminalidade, o desemprego e a miséria.

Segundo o presidente, também está em estudo uma proposta para se estabelecer um novo regime aduaneiro entre Brasil e Paraguai. O que já está encaminhado para discussão é a proposta de se igualar o imposto de renda para caminheiros brasileiros e paraguaios.

Para Lula, o Paraguai precisa se desenvolver com a ajuda dos vizinhos. "Se o Paraguai crescer economicamente e precisar usar 50% da energia de Itaipu é um direito do tratado que garante a ele", salienta.

O presidente ainda falou que tem provocado empresários brasileiros a implantarem indústrias no Paraguai e a Petrobrás a desenvolver o programa de biodiesel no país. Ele ressaltou que pretende trabalhar em conjunto com o vizinho para resolver o problema da febre aftosa.

Nesse domingo, acompanhado da primeira-dama Marisa Letícia, do diretor da Itaipu Binacional, Jorge Samek e do diretor do Parque Nacional do Iguaçu Jorge Pegoraro, Lula percorreu o Rio Iguaçu de barco, andou pela Trilha do Poço Preto, Trilha das Bananeiras e pôde observar as Ilhas do Taquaral e dos Papagaios.

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