O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (20) o aumento da presença do Banco do Brasil (BB) no exterior. Em reunião com o Conselho Diretor do BB, Lula afirmou que a instituição precisa ter presença física expressiva nos países que são os principais parceiros comerciais do Brasil. Citou como exemplos a América Latina, a África e a China.
Atualmente, o BB trabalha para transformar em agências os escritórios que mantém na Venezuela, México e Uruguai, o que aumenta a perspectiva de negócios nesses países. A transformação deve acontecer ainda em 2009. Na China, o BB mantém um escritório, mas a transformação dele em agência depende das autoridades chinesas.
Segundo relatos de participantes da reunião, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Lula defendeu, no encontro, a manutenção da estratégia do BB de adquirir outras instituições financeiras, como fez com o Banco Nossa Caixa e o Banco Votorantim.
Falando aos diretores do BB, o presidente defendeu a importância do trabalho dos bancos públicos, em especial o do Banco do Brasil. Comentou que os serviços dessas instituições foram importantes para que o Brasil tivesse condições de enfrentar o auge da crise financeira, fornecendo o crédito que estava escasso no mercado. Lula disse ter "pena" dos países ricos, que não têm bancos públicos fortes. Ele deu como exemplos a Alemanha e os Estados Unidos. O presidente pediu que o Banco do Brasil mantenha a estratégia de ofertar crédito a famílias e empresas.
Ainda de acordo com participantes da reunião, Lula não fez nenhuma cobrança em relação ao comportamento dos juros e spreads no Banco do Brasil.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast