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Crise

Lula faz reunião para discutir crédito para empresas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir nesta segunda-feira (27) com o ministro Guido Mantega, da Fazenda, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para discutir alternativas de crédito para os setores econômicos que estão passando por dificuldades diante da crise financeira internacional.

"Estamos disponibilizando crédito porque entendemos que falta, seja diminuindo o compulsório (recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central), ou abrindo mão para que os bancos possam utilizar este compulsório", disse Lula após votar para prefeito em São Bernardo do Campo (SP) neste domingo (26). "Vamos ver quais os setores econômicos que estão necessitando de crédito para que a gente possa disponibilizar. Nós temos recursos para isso."

O presidente disse que o Governo Federal vai manter os investimentos previstos no Plano de Aceleração de Crescimento e tem garantia de que grandes empresas privadas, entre elas a Vale do Rio Doce, manterão seus investimentos. Para ele, empresas de médio porte e da construção civil exigem cuidados. "Vamos ter que cuidar do capital de giro, para que essas empresas possam funcionar adequadamente."

Lula disse que torce para que as medidas adotadas pela União Européia e Estados Unidos dêem resultados o mais rápido possível. "Se houver recessão vai atingir as exportações de todos os países do mundo. Quando digo que o Brasil vai sofrer menos, é porque o país diversificou as relações comerciais com muito mais países."

Socorro aos bancos

"Ninguém pretende estatizar banco. Mas ninguém vai dar dinheiro para banco. O que não dá é para a gente dar dinheiro para banco ou para empresas que apostaram em ganhar dinheiro fácil, transformando a economia real em jogatina", afirmou o presidente.

Para Lula, uma das soluções pode ser uma alternativa apresentada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, na Europa: em vez de dar dinheiro para os bancos com garantia, o governo compra ações dos bancos. "A hora em que o banco se recuperar, você vende as ações do mesmo banco".

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