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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçará em sua visita à Rússia um pedido para que o Brasil obtenha uma cota individual para a exportação de carnes, afirmou na quinta-feira o chefe do Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, Norton Rapesta.

Os Estados Unidos e a União Europeia têm cotas específicas para a exportação de carnes --bovina, suína e de frangos-- à Rússia, enquanto o Brasil está incluído na categoria "outros países". Na prática, portanto, o Brasil enfrenta maior concorrência e tem espaço mais limitado para seus produtos no mercado russo.

Lula se reunirá na sexta-feira com o presidente Dmitry Medvedev e o primeiro-ministro Vladimir Putin.

"Ele falará certamente sobre isso com o Medvedev", disse Rapesta a jornalistas. "Queremos uma cota só nossa. Somos os maiores fornecedores."

Outra iniciativa do Brasil com o objetivo de destravar esse tema da agenda bilateral foi o envio de um adido agrícola para se instalar na Rússia.

Lula iniciou um giro internacional pela Rússia, de onde seguirá para o Catar, Irã, Espanha e Portugal. Na Rússia, o Brasil aproveitará o almoço durante um seminário de empresários dos dois países para mostrar aos russos alimentos e bebidas nacionais. "Vamos repetir cada vez mais esses almoços, que são oportunidades para a gente divulgar os produtos brasileiros", comentou o diplomata.

Em setembro, o governo organizará uma missão comercial à Rússia para tentar impulsionar o comércio de mercadorias de maior valor agregado. Segundo Rapesta, o Brasil tem interesse nas áreas de defesa, espacial e energia nuclear. Já o Brasil poderia aumentar as vendas de bioenergia e tecnologia agrícola à Rússia.

"Vamos mostrar para eles que o Brasil tem tecnologia... vamos fazer um movimento para mudar o patamar da relação."

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