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As recentes medidas implementadas pelo governo federal com o objetivo de atrelar os sindicatos e movimentos sociais ao Estado foi tema de protesto nesta terça-feira (11) na Esplanada dos Ministérios.

Durante toda a manhã, cerca de 1,5 mil professores e estudantes de instituições superiores, servidores públicos e trabalhadores rurais mobilizaram-se em frente aos Ministérios do Planejamento e do Trabalho e Emprego em defesa da liberdade de organização e da autonomia sindical.

Eles pediram o fim da cobrança do imposto sindical para servidores públicos e protestataram contra a suspensão do registro do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e contra a PLP 92 que cria as fundações estatais de direito privado. O ato público também defendeu melhorias nos serviços públicos e os direitos sociais dos estudantes e trabalhadores da cidade e do campo.

O registro sindical do Andes-SN foi suspenso quatro meses após ser aprovado no Supremo Tribunal Federal (STF), quando deixou de ser reconhecido pelo Ministério do Planejamento. "Achamos que foi uma medida imotivada já que o STF garantiu que o Andes tinha o direito de existir. Foi uma decisão administrativa arbitrária que está nos causando muitos problemas. Queremos que o sindicato seja respeitado e recebido pelo governo. Queremos que nossa pauta de reputação seja discutida de maneira democrática e efetiva", disse um dos dirigente do Andes-SN, José Vitório Zago.

O fim do imposto sindical para os funcionários públicos também é uma das prioridades do movimento. "Achamos que os sindicatos devem ser sustentados por contribuições voluntárias dos sindicalizados e não por contribuições compulsórias recolhidas pelo Estado", acredita Zago.

Em relação acriação da PLP 92, os manifestantes acreditam quea medida vai prejudicar principalmente as áreas desaúde eeducação. "É uma medida que vai aprofundar a privatização desses setores com a conseqüente precarização das condições de trabalho, gerando um atendimento piorado para a população que vai ter que pagar pelos serviços", critica o manifestante.Os manifestantes, que não conseguiram ser recebidos no Ministério do Planejamento, seguiram para o Ministério do Trabalho e Emprego, onde encontraram com chefe da pasta, ministro Carlos Lupi, que chegava ao local naquele momento.

O ato foi organizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Conlutas, Intersindical, Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (CNESF), Frente de Luta contra a Reforma Universitária, Via Campesina, Movimento Terra e Liberdade (MTL) e Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (ASFOC).

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