Centenas de manifestantes se reuniram na tarde deste sábado (31) no centro de Genebra para protestar contra o Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, onde também aconteceu pequena manifestação contra a reunião.
Autoridades haviam proibido a demonstração em Genebra, que, ainda assim, ocorria pacífica e com forte policiamento.
As forças de segurança bloqueavam os acessos à ponte do Mont Blanc, no centro de Genebra, para evitar que marchassem pela cidade. A polícia chegou a abrir uma passagem no cordão de isolamento para fazer os manifestantes saírem, mas resolveu utilizar o gás depois que manifestantes tentaram passar por eles.
Segundo a agência Efe, muitos neste grupo estavam mascarados, com capuzes e óculos de sol, e jogaram garrafas contra os agentes.
Falta de segurança
Para justificar sua decisão de não autorizar a marcha contra o Fórum de Davos, que conclui este domingo, as autoridades do cantão suíço de Genebra argumentaram que as garantias de segurança dadas pelos organizadores não eram suficientes.
"Não estamos vendo um movimento popular, mas um agrupamento de gente que quer vir a Genebra para, deliberadamente, realizar atos de vandalismo", afirmou o conselheiro do departamento das Instituições do Cantão de Genebra, Laurent Moutinot.
Os organizadores do protesto criticaram as autoridades do Cantão de Genebra por proibirem a manifestação. Eric Decarro, do sindicato Solidarités, denunciou o fato de "o governo do Cantão de Genebra ter proibido uma manifestação pela primeira vez em 35 anos".
O ex-especialista da ONU para o direito à alimentação, o sociólogo suíço Jean Ziegler, denunciou a proibição da manifestação, que segundo ele "viola os direitos fundamentais".