Mantega disse nesta terça-feira que a economia brasileira começou a crescer mais neste mês e reconheceu que a expansão não deve ser de 4,5% em 2012| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (22) que a economia brasileira começou a crescer mais neste mês e voltou a dizer que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) não será de 4,5% neste ano, como previsto antes.

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"O crescimento do primeiro trimestre veio aquém do que esperávamos. Continuamos trabalhando com a certeza de que a economia vai crescer, talvez não os 4,5%", afirmou ele. "Esse crescimento começa em maio e todas as medidas tomadas vão surtindo efeito."

Para fazer a economia crescer mais, o governo anunciou na noite desta segunda-feira um pacote de R$ 2,7 bilhões para incentivar o setor automotivo e de bens de capital.

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Mantega, qua participa de audiência pública no Congresso Nacional para discutir as novas regras para o rendimento da poupança, disse que, mesmo com as medidas já adotadas pelo governo para estimular a economia brasileira, a inadimplência no país não fugirár do controle.

Ele adiantou que estão sendo analisadas medidas para reestruturar a inadimplência no mercado de crédito, sem dar mais detalhes. Segundo o ministro, os atrasos em pagamentos cresceram de 2011 para 2012, mas que há mecanismos para reduzi-los, como a liberação de mais crédito.

"Temos como reduzir essa inadimplência com nova liberação de crédito, reduzir custo financeiro. Temos mecanismos para reestruturar essa inadimplência. Pensamos em medidas que permitam isso", afirmou o ministro.

Apesar dos esforços, Mantega reconheceu que é difícil aumentar a competição no setor financeiro brasileiro por ser muito concentrado, mas que os bancos públicos continuarão reduzindo os spreads bancários -diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final.

Sobre o câmbio, o ministro disse que o governo tem o desafio de manter o câmbio "favorável" porque é importante para a competitvidade do Brasil. "O câmbio já se encontra numa situação mais favorável para a competitividade do Brasil", acrescentou ele.

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