O novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que nada muda no Banco Central.
- A atribuição sobre o Banco Central é exclusivamente do presidente da República, não é atribuição minha. Portanto, nada muda com relação ao Banco Central.
Questionado se havia sido reticente ao falar da permanência de Meirelles, respondeu:
- Não há reticências, porque na linguagem falada nós não podemos fazer aqueles pontinhos. Então não há nenhuma reticência.
Mantega também negou que existam dificuldades no seu relacionamento com o presidente do Banco Central.
- Não há nenhum mal-estar meu com o presidente Henrique Meirelles, pelo contrário, temos relações muito cordiais. Eu já conversei com ele hoje pelo telefone e combinamos uma conversa mais extensa tal logo eu sair dessa maratona de posse e manifestação pública.
O ministro também se disse favorável ao regime de metas de inflação e a negou ser um crítico da política monetária. Ele reconheceu que se manifestou no passado quanto ao "excesso de zelo" da equipe do BC em relação à taxa de juros, mas disse que a trajetória dos juros está correta.
- Se houve (excesso de zelo), eles já estão na rota correta. E se continuar nesse ritmo ela (a taxa) caminhará para o patamar adequado. Naquele momento eu me manifestei quanto à dosagem. Neste momento eu estou dizendo que está no caminho certo, porque há vários meses consecutivos a redução vem sendo efetivada.
Na mesma entrevista, porém, o ministro disse que não seria "pecado mortal" mudar a dosagem da taxas juros.
- Não sei se é o caso de mudar alguma dosagem (dos juros) mas não seria nenhum pecado mortal se houvesse alguma mudança de dosagem. Aliás, as autoridades econômicas têm obrigação de fazer isso. Quando percebem que se aproxima um surto inflacionário, elas têm que aumentar a taxa de juros, isso é natural. Quando percebem que a inflação regrediu, e é isso que estamos vendo neste momento, elas podem manter o ritmo de redução das taxas de juros.
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