Mantega: não há definição de aumento de combustíveis
O ministro da Fazenda, Guido Mantega ressaltou que o governo não tem nenhuma definição sobre um eventual aumento de combustíveis em 2013. "O que eu disse é que não haveria aumento em função da variação cambial", afirmou, referindo-se a uma entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo. "Se vai ter algum outro tipo de aumento, eu não sei, não tem definição nenhuma", apontou.
Dólar deve chegar a R$ 2,32 ao fim do ano, de acordo com analistas
A projeção de instituições financeiras para a cotação do dólar ao final deste ano subiu pela terceira semana seguida. É o que mostra pesquisa semanal divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central (BC).
Desta vez, a expectativa para o dólar ao final de 2013 passou de R$ 2,30 para R$ 2,32. Para o final de 2014, a estimativa também subiu, pela segunda semana consecutiva, de R$ 2,35 para R$ 2,38.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) classificou a atual turbulência cambial como uma "minicrise", deflagrada pela reversão dos estímulos nos EUA. A avaliação de Mantega é que o impacto dessa minicrise seja menor do que a europeia, em 2011 e 2012. "O impacto será menor porque, ao contrário daquela época, quando os países estavam entrando em recessão, agora a economia mundial está saindo da recessão, o que faz diferença", afirmou nesta segunda-feira (26) o ministro.
Mantega ressaltou que a minicrise encontra o Brasil numa situação relativamente segura, pois o país tem reservas internacionais e um endividamento público menor. "Nossa situação é ainda mais favorável do que a de outros países, onde está havendo saída de capitais e as reservas estão diminuindo", disse.
Na soma dos emergentes, disse Mantega, já foram gastos US$ 150 bilhões em reservas."Aqui no Brasil não caiu um tostão. Aqui, não falta dólar, no mercado à vista sobram dólares. Onde sobe é no mercado futuro, onde os fundos ficam comprados [apostam na alta do dólar]."
Mantega ressaltou que são "passageiras" as dificuldades que o Brasil enfrenta hoje provocadas pela intensa depreciação do real ante o dólar. "Temos de ver a duração do movimento do câmbio", destacou. Contudo, Mantega apontou que o movimento da divisa do País ante à dos Estados Unidos será bem suavizado à medida em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) definirá os passos da política monetária no curto prazo e com a melhora da economia mundial.
De acordo com ele, com a evolução de EUA, China e Zona do Euro que é desenhada para este semestre e sobretudo 2014, "a economia global sairá do buraco" provocado pela crise surgida em 2008. Neste contexto, Mantega destacou que o Brasil terá condições de crescer mais em 2013, do que a alta de 0,9% apurada em 2012. "A nossa última previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) é de crescimento de 2,5% em 2013 e de 4% para 2014", afirmou.
BC inicia leilão de venda de dólares no mercado futuro de quase US$ 500 milhões
O Banco Central (BC) iniciou nesta segunda-feira (26), conforme programado, leilão de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. A operação totalizou US$ 497,9 milhões, com a negociação de todos os 10 mil contratos ofertados.
No último dia 22, o BC anunciou que faria leilões de swap cambial de segunda a quinta-feira, com oferta de US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecido ao mercado o crédito de até US$ 1 bilhão, por meio dos leilões de venda com compromisso de recompra. Na última sexta-feira, foi feito o primeiro leilão dessa programação.
Segundo o BC, esse programa se estenderá, pelo menos, até 31 de dezembro de 2013, e pode totalizar US$ 60 bilhões. A autoridade monetária informou ainda que poderá fazer operações adicionais, se julgar apropriado.
Para o BC, o anúncio prévio dessas operações ajuda a aumentar o horizonte de planejamento dos agentes econômicos e a reduzir as oscilações da cotação do câmbio. A programação de leilões diários é pouco usual. A ação do BC lembra o período de tensão pré-eleitoral, em 2002. Naquele ano, o BC fez intervenções diariamente chamadas de "rações diárias" no mercado.
A alta da moeda no país é reflexo da intenção do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de reduzir os estímulos monetários. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.
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