O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que seria inadmissível uma atuação política do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no caso da fusão do Pão de Açúcar com as operações do Carrefour no Brasil. Segundo ele, o banco precisa justificar sua atuação, que é eminentemente comercial.
Mantega voltou a falar que a transação é privada e não se trata de uma questão do governo brasileiro. Ele também descartou a possibilidade de pressão política sobre o caso.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, se reuniu hoje com membros do governo da França, em Paris - ele e Mantega participaram do 2.º Brazil Business Summit, organizado pela revista The Economist.
Pimentel teve reuniões com o novo ministro da Economia, François Baroin, e com o principal assessor internacional do presidente Nicolas Sarkozy, Jean Davide Levitte. O ministro brasileiro disse que ninguém tocou no assunto da fusão.
Também presente ao evento, o diretor-executivo da divisão de Internacional e de Comércio do BNDES, Luiz Eduardo Melin, argumentou que a atuação do banco é técnica. Segundo ele, o banco de fomento recebeu uma proposta normal e tinha a obrigação de analisá-la. A conclusão foi de que o negócio seria economicamente interessante e viável para todos os parceiros envolvidos. "Se o Casino nos fizesse uma proposta, analisaríamos da mesma forma."