O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (26), no intervalo da reunião dos ministros de Finanças e presidentes de banco central dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Durban, na África do Sul, que a proposta brasileira é que o banco de desenvolvimento do grupo seja constituído em 2014. "Fizemos proposta para que o banco dos Brics seja constituído em 2014", afirmou.

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Mantega disse que os detalhes ainda estão sendo discutidos, mas já existe consenso quanto à necessidade de investimento em infraestrutura para estimular o crescimento desses países. Segundo ele, o mundo ainda tenta superar os efeitos da crise de 2008 e um consenso da reunião é que um estímulo necessário é investimento em infraestrutura. O ministro da Fazenda disse ainda que os países têm de ampliar o mercado consumidor, mas que esse não é o caso do Brasil.

Nenhum dos cinco países se mostrou contrário à criação do banco, mas o capital inicial ainda não foi decidido. A governança da nova instituição caberá aos cinco países, mas novos integrantes poderão ser aceitos.

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Em relação à crise que afeta o Chipre, o ministro descartou impacto direto no Brasil. "A crise no Chipre não deve ter impacto direto para o Brasil", afirmou. Mantega disse ainda que os problemas no Chipre mostram que os europeus ainda não conseguiram solucionar todos os problemas do continente. "A solução adotada mostra preocupação, mas sem impacto para o Brasil", afirmou.

Crescimento mais vigoroso

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, confirmou que a discussão para a criação do banco de desenvolvimento do grupo "avançou bastante". "Faltam detalhes para reunião de amanhã (quarta-feira) dos chefes de Estado", disse.

Pimentel disse também que o Brasil juntamente com os outros países do grupo serão responsáveis pelo crescimento econômico mundial. "O Brasil vai crescer significativamente mais este ano" disse.

"O Brasil juntamente com os Brics puxam a economia mundial. Precisamos investir mutuamente e atrair mais capital dos países do Brics."

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