Santo Antônio demandou a qualificação da mão de obra local, já que 82% dos 18 mil trabalhadores são rondonienses. Apenas em funções que requeriam um maior treinamento, como operador de guindaste, por exemplo, é que foram levados funcionários a Porto Velho. Para as demais categorias, os interessados em trabalhar na construção da usina receberam treinamento através do Pro­grama Acreditar.

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Outra empresa que implantou o sistema de qualificação de mão de obra foi a Indústria Metalúrgica e Mecânica da Amazônia (Imma), que se instalou na região para produzir os equipamentos mecânicos necessários para o funcionamento da usina. A intenção é aproveitar o boom de hidrelétricas na Região Norte do país e ser fornecedora de peças para as outras usinas que devem se instalar na Ama­zônia futuramente. "Para trabalharem na indústria, profissionalizamos os trabalhadores daqui. Temos que mostrar a eles que a usina tem hora para acabar, mas a indústria vai ficar. Como há uma demanda muito forte por mão de obra no estado, muitos trocam de emprego mesmo depois de receber a qualificação. Temos apreensão com o futuro, depois da obra, já que muitos trabalhadores podem migrar para outros estados, que também precisam destes funcionários qualificados", avalia o diretor de Relacionamentos da Imma, Gustavo Almeida.

O assunto também leva preocupação ao governo de Rondônia, que diz estar buscando alternativas para absorver estes trabalhadores com o término das obras das duas usinas. "Por estarmos cientes de que a execução da obra é finita e que o momento de desativação do canteiro está preestabelecido, estamos trabalhando com base em um olhar globalizado, voltado a todos os setores produtivos do Estado, buscando implantar e implementar projetos focados na sustentabilidade do desenvolvimento local", afirma Maria Emilia Silva, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Eco­nômico e Social.

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Entre as ações, estão a implantação da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) de Rondô­nia, em discussão no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Além da ZPE, deve ser construído um novo terminal portuário em Porto Velho e consolidado o Distrito Industrial da cidade – atualmente no local, às margens da BR-364, principal ligação com o Acre, há apenas a operação da Imma, que está rodeada pela floresta. De acordo com Maria Emilia, a previsão do governo estadual é atrair 110 novas indústrias para o local até 2014, gerando nove mil empregos diretos e 22 mil indiretos.