O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta sexta-feira pela manhã, ao comentar o resultado do PIB do terceiro trimestre - quando houve um avanço de 0,5% em relação aos três meses anteriores - que o país precisa "acelerar". Ele criticou o pessimismo observado após a divulgação dos números e disse que a economia brasileira está resgatando sua trajetória de crescimento:
- O que deve nos nortear e orientar é o futuro, é o que estamos construindo para os meses seguintes, para os próximos trimestres e sementres e anos. Neste sentido, me coloco em situação de otimismo, mas não o exagerado e irresponsável.Tivemos nestes quatro anos um crescimento maior do que nos últimos oito. Precisamos, agora, acelerar. O presidente Lula tem dado todos os beliscões possíveis na equipe econômica para que criemos condições para o Brasil entre em mais uma fase de crescimento e desenvolvimento - disse Marinho, durante evento na Firjan.
O ministro frisou, ainda, que não há qualquer divergência entre ele e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o que há é um esforço da equipe de governo para encontrar as melhores alternativas e propostas em busca de um crescimento com distribuição de renda:
- Não há nenhum desentendimento entre o ministro Luiz Marinho e o ministro da Fazenda Guido Mantega. Nosso país tem uma oportunidade ímpar de entrar neste processo de crescimento com sustentabilidade e a ousadia necessária, mas sem abrir mão da responsabilidade fiscal e das conquistas que a sociedade realizou até aqui. Não vale a visão de que vamos crescer, não importa se com um pouco mais de inflação ou a de que precisamos descontrolar a inflação, mesmo que não possamos crescer. Temos condições de conduzir o Brasil para um processo de maior crescimento, com estabilidade monetária e fiscal.
Apesar de afirmar que está em linha com Mantega, Marinho ressaltou que a negociação sobre o acordo para corrigir a tabela do Imposto de Renda ainda não terminou.
- A negocição sobre a correção do IR também precisa ser feita com as centrais sindicais e o governo ainda não fez isso. O patamar de 3% (de correção da tabela) é uma discussão que os ministérios do Planejamento e da Fazenda fizeram, mas com o Congresso Nacional.
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