Médicos do INSS fazem paralisação todas as quartas-feiras no estado

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Os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no estado do Paraná aderiram nesta quarta-feira (17) à paralisação da categoria no país. Os médicos protestam contra a Medida Provisória 441, publicada no dia 30 de agosto no Diário Oficial da União, que, segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência (ANMP), está em desacordo com o que foi negociado com a classe. Nesta quarta-feira, segundo estimativa do INSS, 800 perícias deixaram de ser feitas

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Os médicos devem fazer paralisações semanais, sempre às quartas-feiras, como foi definido na semana passada, em assembléia. "Se o governo não atender nosso pedidos, podemos deflagrar greve contínua, por tempo indeterminado", afirma o delegado da gerência de Curitiba da ANMP, Chil Zunsztern. Ainda não há um levantamento oficial de quantos médicos aderiram à mobilização no estado.

Segundo Zunsztern, entre os pontos da MP com os quais os médicos não concordam está a criação de uma nova carreira, que teria feito com que os peritos perdessem conquistas da última revisão do plano de reestruturação da carreira. "Todos os médicos peritos são prejudicados, já que os ganhos para a aposentadoria, por exemplo, são reduzidos", explica.

"A MP também alega que o tempo para atendimento não pode ultrapassar cinco dias e que, no caso de infração dessa norma, teremos desconto nas gratificações", conta. "Como se a culpa pelas filas fosse dos médicos", reclama. Segundo Zunsztern, o problema é da esfera administrativa que, ao perceber uma maior demanda de consultas, deveria realizar a contratação de mais médicos.

Atualmente existem cerca de 200 médicos peritos do INSS no Paraná, segundo o delegado da ANMP. Entre as atribuições dos funcionários estão avaliar casos de aposentadoria por invalidez para a concessão de benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente e licença maternidade. Com a suspensão das atividades nesta quarta, a assessoria de comunicação do INSS no Paraná calcula que de aproximadamente 900 perícias marcadas, 800 deixaram de ser feitas.

A recomendação do órgão é que o trabalhador que tem perícia agendada utilize o serviço de atendimento pelo telefone 135 para remarcar a consulta. Ainda segundo o INSS, os reagendamentos têm ficado, em geral, para o final de setembro ou início de outubro.

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A assessoria do INSS no Paraná não comentou as reivindicações, já que as negociações sobre a paralisação da categoria são realizadas em Brasília, pelo Ministério da Previdência Social.