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Mercado

Medo de crise maior na Europa empurra dólar a R$1,65

O dólar subiu pelo quarto dia consecutivo nesta segunda-feira (5), atingindo 1,65 real com o aumento da preocupação sobre a dívida na zona do euro.

A moeda norte-americana avançou 0,86 %, a 1,6505 real para venda. É a maior cotação de fechamento desde 29 de março, quando o dólar ficou a 1,654 real.

O feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos reduziu o volume de operações, com apenas 160 mil contratos negociados no principal vencimento futuro até as 17h, a uma hora do fechamento na BM&FBovespa. A média no ano é de 315 mil.

O feriado norte-americano também colocou o foco dos investidores nos problemas da dívida na zona do euro, provocando um novo surto de aversão a risco.

"O euro estava em 1,45 (dólar) na terça-feira, e agora está a 1,41 (dólar). Perdeu bastante valor", disse o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, citando a falta de progresso nas negociações entre Grécia, União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) para o pagamento da próxima parcela da ajuda como um dos motivos.

Os outros pontos de tensão são Itália, onde o mercado desconfia cada vez mais da capacidade do governo de implementar as reformas fiscais, e a Alemanha, onde o partido da chanceler Angela Merkel demonstrou ter menor apoio popular ao perder votos em uma eleição regional no fim de semana.

A moeda brasileira também tem sido prejudicada pela reação do mercado à diminuição da taxa básica de juros do Brasil, de 12,50 % para 12 % ao ano, na semana passada. Na opinião da equipe de câmbio da Bronw Brothers Harriman, em relatório, o real deve continuar a ter um desempenho mais fraco que outras moedas emergentes nesta semana.

Para a economista da corretora Link, Marianna Costa, a rápida subida do dólar pode conduzir a moeda a 1,70 real nos próximos dias, mas esse patamar provavelmente será um limite. Segundo ela, a taxa de câmbio deve voltar a cerca de 1,60 real nos próximos meses.

A taxa Ptax, calculada pelo Banco Central (BC) e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,6522 real para venda, em alta de 1,10 %.O BC manteve o padrão de intervenções dos últimos dias, com apenas um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A taxa de corte foi de 1,6538 real.

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