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Mercados

Medo de recessão global faz Bovespa cair 3,9% e dólar ultrapassar R$ 1,71

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou forte baixa nesta quinta-feira, seguindo a tendência negativa nos Estados Unidos e Europa, ditada pelo aumento dos temores em relação a uma recessão da economia global. Também repercutiu a desvalorização das commodities, em especial a do petróleo, que caiu novamente ao patamar de US$ 107.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, recuou 3,96% a 51.409 pontos, o menor patamar em 13 meses. Na semana, a perda já é de 7,67%. O dólar ganhou 2,39% a R$ 1,717, maior avanço em sete meses e maior patamar desde abril. Em Nova York, o indicador industrial Dow Jones caiu 2,99%, o Nasdaq, das ações de tecnologia, perdeu 3,20% e o S&P500 recuava 2,99%.

Entre os ativos de maior peso no Ibovespa, Petrobras PN recuou 3,53%, para R$ 31,45; Vale PNA caiu 3,11%, para R$ 35,51; BM&F Bovespa ON teve baixa de 11,3%, para R$ 10,55; Bradesco PN perdeu 2,33%, a R$ 29,79; e Vale ON recuou 3,03%, para R$ 40,34.

Em Wall Street, os investidores receberam dados sobre fracas vendas no varejo durante o mês de agosto e também assimilam os números da ADP para o mercado de trabalho. A companhia que processa folhas de pagamento calculou que o setor privado americano perdeu 33 mil vagas no mês passado, acima das expectativas. Os dados oficiais do Departamento de Trabalho serão apresentados amanhã. Em compensação, o governo reviu a produtividade do setor não-agrícola dos Estados Unidos,que teria aumentado a uma taxa anual de 4,3% no segundo trimestre.

De acordo com o gestor de renda variável da Ático Asset Management, Fernando Barbará, o mercado é pautado por uma acentuada aversão ao risco, reflexo de um persistente cenário negativo composto por preocupação com o aumento de juros no Brasil, desaquecimento das economias dos Estados Unidos, Europa e Ásia e renovadas incertezas quanto ao setor financeiro norte-americano.

O especialista lembra que não há nada de novo, mas que a ausência de sinais de melhora estimula as vendas generalizadas. Essa equação composta por inflação e queda da atividade econômica segue preocupando, principalmente na Europa e mais recentemente na China, onde já começam a aparecer os primeiros sinais de arrefecimento do crescimento, afirma.Bolsas européias e asiáticas também tiveram dia de perdas

Na Europa, a quinta-feira também foi negativa. O índice FTSE recuou 2,50% a 5.362,1 pontos. Em Frankfurt, o Dax Xetra perdeu 2,91% a 6.279,57 pontos. Em Paris, o CAC-40 caiu 3,22% a 4.304,01 pontos.

As principais bolsas asiáticas tiveram uma jornada de perdas, atingindo o nível mais baixo em dois anos, com mais sinais de uma desaceleração da economia global. Em Tóquio, o Nikkei 225 diminuiu 1,04%, para 12.557,66 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,95%, somando 20.389,48 pontos. O Kospi, de Seul, declinou 0,03%, ficando em 1.426,43 pontos. Em sentido contrário, o Shanghai Composite, de Xangai, encerrou com leve alta, de 0,03%, aos 2.277,41 pontos

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