O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define nesta quarta-feira (18) a taxa básica de juros, a Selic, em reunião marcada para a tarde. Atualmente, a taxa básica está em 9,75% ao ano.
A expectativa do mercado financeiro é que a Selic seja reduzida para 9% ao ano. A sinalização de que a taxa deve ficar se aproximar desse índice estava na ata da última reunião do Copom que informava que a Selic estava se deslocando para "patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos". A menor taxa já registrada foi 8,75% ao ano, de julho de 2009 até o final de abril de 2010, quando subiu para 9,5% ao ano.
Após essa redução, o mercado espera por uma pausa nos cortes dos juros. E a expectativa fica para a divulgação da ata da reunião, no dia 26 de abril. É nesse documento que os analistas vão procurar alguma indicação do período em que não haverá cortes.
Na reunião do Copom, a diretoria do BC avalia se há pressões inflacionárias, a atividade econômica e o cenário externo. Todo ano, o BC tem que perseguir uma meta de inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, a meta é 4,5%, com limite de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O BC tem que atuar, com o uso da Selic e de outros instrumentos, para que a inflação anual fique na meta.
Assim, o Copom reduz a Selic quando considera que a inflação está sob controle e quer estimular a atividade econômica. No sentido oposto, a taxa é elevada quando a autoridade monetária avalia que a economia está muito aquecida, com alta dos preços. Então, o Copom sobe a taxa para incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar a inflação.
Na avaliação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o recuo da inflação medida pelo IPCA foi maior que o esperado inicialmente pelos analistas. Esse fator, segundo a federação, aponta para um cenário melhor para os preços em 2012, e provavelmente, no próximo ano.
Há ainda expectativa de recuperação "mais modesta para a economia ou que pelo menos o pico desta retomada deve se deslocar para algum ponto em 2013". Além disso, segundo a Febraban, voltaram a crescer as preocupações com a crise econômica internacional. "A piora na percepção de risco de países importantes como a Espanha significa que a probabilidade de que venham pressões desinflacionárias (e de baixo crescimento) do cenário externo voltou a se elevar de forma importante nas últimas semanas. Por conta desses fatores, a chance de a Selic voltar a cair antes do final do ano parece ter aumentado bastante."
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