A pesquisa Focus do Banco Central (BC), divulgada na manhã desta segunda-feira, aumentou a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2010, de 11% ao ano para 11,25% anuais. Hoje a Selic está em 8,75% ao ano.
De acordo com o levantamento, realizado junto a instituições financeiras, a expectativa é de que o início da alta da taxa básica de juros ocorra em abril e que o governo promova uma alta de 0,50 ponto porcentual na ocasião. Para o final de 2011, o mercado ampliou de 10,75% ao ano para 11% ao ano a previsão da Selic.
O mercado financeiro também manteve a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010 em 4,50%. Assim, a previsão dos analistas ficou exatamente no centro da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA de 2011 manteve-se em 4,50%. A estimativa para a inflação de janeiro subiu de 0,54% para 0,55%. Para fevereiro, a previsão para o IPCA avançou de 0,52% para 0,53%.
PIB, câmbio e contas externas
A estimativa para a expansão da economia brasileira em 2010 aumentou de 5,20% para 5,30% na pesquisa divulgada hoje. A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 foi mantida em alta de 4,50%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 segue positiva, em 8,00%, enquanto a projeção para 2011 passou de alta de 4,50% para um avanço de 4 70%.
Analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim de 2010. O nível da moeda norte-americana no fim deste ano ficou em R$ 1,75. Já a previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 subiu de R$ 1,74 para R$ 1,75. Para o final de 2011, o mercado ampliou a previsão do valor da moeda norte-americana de R$ 1,80 para R$ 1,83.
O mercado financeiro também alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano subiu de US$ 41,30 bilhões para US$ 45,50 bilhões. A previsão de superávit comercial em 2010 caiu de US$ 11,20 bilhões para US$ 10,75 bilhões. Analistas alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 37,50 bilhões para US$ 37 bilhões.
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