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BC

Mercado de crédito em abril mostrou ritmo moderado

O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Túlio Maciel, avaliou hoje que o crédito na economia brasileira em abril apresentou um crescimento "em ritmo moderado", que é a tendência observada desde o início do ano. Segundo ele, esse é um avanço natural que acompanha a expansão da atividade econômica no País, no período.

O crédito na economia brasileira avançou 1,3% em abril ante março, atingindo um total de R$ 1,776 trilhão, informou hoje o BC. O resultado equivale a 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Em março, o total de crédito equivalia 46,5% do PIB. O ritmo de crescimento em abril é maior que o verificado em março, quando o saldo das operações de crédito do sistema financeiro teve uma expansão de 1% em comparação com fevereiro. De acordo com os dados do BC, nos 12 meses encerrados em abril a expansão do crédito já soma 21%. Nos últimos três meses, o crescimento foi de 3,7% e, no acumulado de 2011 até abril, a alta é de 4,1%.

Maciel destacou que esse crescimento de 4,1% das operações de crédito no primeiro quadrimestre de 2011 ocorre em ritmo menor que o verificado em igual período de 2010. Ele calculou em 13% o crescimento anualizado do crédito até agora e ressaltou que essa é uma expansão bem inferior que a observada no ano passado, quando a alta foi em torno de 21%.

Maciel disse ainda que a desaceleração do crédito é mais acentuada no segmento direcionado do que no livre, a despeito do vigoroso aumento das operações de crédito imobiliário. Ele observou também o arrefecimento do ritmo de crescimento das operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que, no mês, foi de 0,2% e, no ano, de 1,8%.

O chefe do Depec também destacou que a inadimplência tem subido "de forma moderada e na margem" e observou que o BC não vislumbra que o aumento dos atrasos de 15 a 90 dias nos pagamentos se reverteram em alta da inadimplência. Ele apontou como um dos motivos para o aumento do não cumprimento das obrigações financeiras, a alta da inflação e dos juros, além do maior comprometimento da renda familiar no pagamento das dívidas.

Maciel comentou ainda o aumento das taxas de juros e observou que é maior entre as pessoas físicas que entre as pessoas jurídicas, refletindo a alta da taxa Selic (taxa básica de juros). Segundo ele, a desaceleração da expansão do crédito reflete também as medidas macroprudenciais já adotadas pelo governo.

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