Mesmo ainda ausente na grande maioria dos celulares do Brasil, o 4G já tem data para dar lugar à nova geração da tecnologia móvel.
Operadoras de telefonia, entidades do setor e empresas de infraestrutura de telecomunicações têm investido em novas pesquisas e ampliado as discussões para permitir a utilização comercial do 5G em 2020, o que deve impulsionar a consolidação da internet das coisas – termo que reúne a ampla gama de dispositivos que começam a se tornar conectados, desde automóveis a linhas de produção.
INFOGRÁFICO: Acompanhe o avanço do 4G
O passo fundamental, que ainda encontra-se em discussão, é a definição de um padrão global para o 5G, o que deve se estender até 2018 –só após isso começam o desenvolvimento dos primeiros equipamentos de transmissão e as provas de campo.
Desligamento de sinal da TV analógica começa no mês que vem
A expansão do 4G no Brasil está hoje condicionada ao processo de desligamento do sinal de TV analógico, que ocupa a faixa de 700 Mhz que será usada posteriormente pelas operadoras de telefonia.
Leia a matéria completaA chegada da nova tecnologia, no entanto, não significa que as demais se tornarão obsoletas. “Vale lembrar que uma coisa é o primeiro lançamento mundial da tecnologia e outra é o tempo que ela demora para ser adaptada massivamente.
Por exemplo, há seis anos houve o primeiro lançamento global da LTE (o padrão do 4G), no entanto, sua adoção massiva está apenas começando em países em desenvolvimento”, afirma o diretor para América Latina e Caribe da 4G Americas, José Otero.
O caso brasileiro representa bem essa dinâmica. A primeira licitação de frequências para o 4G no país ocorreu em junho de 2012.Apesar da adesão à tecnologia estar crescendo (veja infográfico), em agosto deste ano apenas 16,7 milhões de acessos móveis no Brasil ocorreram via 4G – fatia que corresponde a 6% do total do país. A própria tecnologia 2G, baseada em voz e SMS, ao contrário das posteriores, que priorizam o tráfego de dados, ainda é bastante usada no país, registrando em agosto 83,9 milhões de acessos.
Desafio
Para o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, o 5G não deve se tornar realidade no Brasil antes de 2022. Um desafio comum a todos os países será a disponibilização de mais espectro (faixa de frequência usada para transmitir pelo ar voz e dados) para a telefonia móvel.
Por aqui, a faixa de 2,5 GHz foi a usada para a chegada do 4G no país. Ano passado, um novo leilão foi feito para liberar a frequência de 700 MHz para as operadoras. No entanto, essa mesma faixa ainda terá de ser desocupada, visto que hoje é usada para transmitir o sinal de TV analógico – o que demonstra a dificuldade em conciliar os espectros disponíveis com o crescimento da demanda por serviços móveis. “As tecnologias de celular têm um ciclo e precisam de tempo para ser especificadas. Ainda estamos discutindo o que o 5G vai ser de fato, mas é importante participarmos dessa discussão, até para que essa tecnologia esteja mais adequada às nossas necessidades”, afirma Tude.
Testes
Estudos sobre o 5G são liderados por empresas de tecnologia como Nokia, Huaweii e Ericsson – esta última anunciou que deve fazer testes no Brasil em 2016, em parceria com a América Móvil (controladora da Claro). Há poucas semanas, a Nokia e a Huaweii promoveram testes controlados nos Emirados Árabes e no Japão que alcançaram, respectivamente, uma velocidade de transmissão de dados com picos de 10,22 Gbps e 3,6 Gbps. A média de velocidade 4G oferecida no Brasil varia entre 17,82 Mbps e 10,57 Mbps, segundo a Open Signal.
4,5 G
A Claro vai fazer mês que vem os primeiros testes envolvendo uma fase intermediária ao 5G, conhecida como 4,5 G. Segundo a operadora, essa evolução permite agregar ao mesmo sinal de celular várias faixas de frequência na
mesma estação radiobase, alcançando uma velocidade média 30% superior a do 4G.
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