O mercado financeiro elevou sua previsão de inflação e aumentou a perspectiva de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2015, segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco Central.
O relatório semanal, elaborado pela instituição a partir de entrevista com cerca de cem analistas do mercado, indicou que a inflação neste ano será de 8,23%, contra o 8,13% previsto anteriormente.
O novo número coincide com o 8,2% previsto pelo governo na semana passada no projeto de lei de diretrizes orçamentária enviado ao Congresso para aprovação. No entanto, ambos os cálculos estão acima do teto máximo da meta oficial, fixada em 4,5% com dois pontos percentuais de tolerância (6,5%).
A inflação oficial de março foi de 1,32% no país, a taxa mensal mais elevada desde 2003 e a maior para o terceiro mês do ano desde 1995, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Caso a previsão para este ano se confirme, esta seria a maior inflação anual desde 2003, quando o índice atingiu 9,3%.
PIB
Sobre o PIB, o cálculo desta semana é de encolhimento de 1,03% em 2015, um pouco acima do 1,01% previsto há uma semana. Ambos os cenários, no entanto, significaria um resultado negativo inédito desde 1990.
Esta é a 16ª semana seguida em que os analistas rebaixam sua previsão do PIB. A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014.
Em relação ao câmbio, os analistas diminuíram levemente seu cálculo e agora projetam uma cotação para o final de ano de R$ 3,21 por dólar, contra os R$ 3,25 de uma semana atrás.
Sobre as taxas de juros, atualmente em 12,75%, a maior nos últimos seis anos, o mercado prevê que 2015 terminará com um índice de 13,25%, mesmo cálculo do boletim anterior.
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