O Relatório de Mercado Focus pintou um quadro ainda mais negro para a atividade do país neste e no próximo ano. O documento divulgado na manhã desta segunda-feira (14) pelo Banco Central (BC) trouxe que a perspectiva de retração da atividade do ano que vem passou de 2,31% para 2,67%. Há um mês, a mediana das projeções estava em -2%.
Para 2015, a perspectiva de contração do Produto Interno Bruto (PIB) saiu de 3,50% para 3,62% – um mês antes estava em queda de 3,10%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano. Uma nova edição desse documento será divulgada até o Natal.
A mediana das projeções para o IPCA de 2016 subiu mais um degrau no Relatório de Mercado Focus. Agora, a taxa está em 6,80% ante 6,70% da semana passada e de 6,50% de quatro semanas atrás.
No caso de 2015, a mediana avançou de 10,44% para 10,61%, registrando a 13ª semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável. Há quatro edições do documento, a mediana estava em 10,04%. No Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa passou de 10,61 para 10,72%.
Para a inflação de curto prazo, a estimativa para dezembro subiu de 0,85% para 0,90% de uma semana para outra ante taxa de 0,75% verificada há um mês. No caso de janeiro do ano que vem, a taxa permaneceu em 0,84% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás estava em 0,80%. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente voltaram a subir, passando de 6,99% para 7,01% - quatro edições atrás estavam em 6,76%.
Superávit comercial
O Relatório Focus revelou manutenção das estimativas dos analistas para a balança comercial de 2015, em US$ 15 bilhões. Quatro boletins atrás, estava em US$ 14,95 bilhões. O ponto central da pesquisa de 2016 também ficou paralisado em US$ 31,44 bilhões – quatro edições atrás do documento, estava em US$ 30,55 bilhões.
Já as previsões de déficit para a conta corrente de 2015 sofreram ajuste, passando de US$ 64,40 bilhões para US$ 64,00 bilhões – um mês antes estava em US$ 64,85 bilhões. Para 2016, a perspectiva de saldo negativo foi alterada de US$ 39,68 bilhões para US$ 39,52 bilhões - um mês antes estava em US$ 40,95 bilhões.
Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) saiu de US$ 62,60 bilhões para US$ 62,40 bilhões para 2015. Um mês atrás, estava em US$ 62,80 bilhões. Para 2016, caiu de US$ 57 bilhões para US$ 55 bilhões. Quatro semanas atrás, estava em US$ 58 bilhões.
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