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O mercado financeiro cortou suas previsões para o crescimento econômico brasileiro neste ano e no próximo e também reduziu o cenário para a taxa de juro em 2012, mas elevou as estimativas para a inflação, mostrou o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, nesta segunda-feira (19). O prognóstico para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 caiu pela sétima vez, passando de 3,56%, na semana passada, para 3,52%, enquanto o de 2012 recuou pela quarta vez, de 3,80% para 3,70%. A estimativa para a Selic neste ano permaneceu em 11%. Para o ano que vem, caiu de 11% para 10,75%, na quarta queda. Recentemente, em meio à turbulência global decorrente de temores sobre a economia mundial, sobretudo a dos Estados Unidos, analistas começaram a ver a possibilidade de um crescimento menor no Brasil. O cenário externo também levou o Comitê de Política Monetária (Copom) a surpreender o mercado em agosto, reduzindo a Selic em 0,50 ponto percentual, para 12 por cento ao ano.

Inflação deve subir em 2011 e 2012

O Focus acrescentou que a projeção para inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu pela quinta semana, de 6,45% para 6,46%, enquanto a do ano que vem foi revista pela terceira vez consecutiva, de 5,40% para 5,50%. O prognóstico para o IPCA nos próximos 12 meses subiu de 5,66% para 5,71%. A meta do governo para a inflação nos dois anos tem centro em 4,5% e tolerância de dois pontos percentuais. Apesar da aceleração dos prognósticos, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterou nesta manhã, em Lisboa, que há claros sinais de desaceleração no Brasil. Segundo o Focus, a previsão para a taxa de câmbio no final deste ano passou de 1,60 real por dólar para 1,65. A projeção no final de 2012 foi mantida em 1,65 real.

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