| Foto: Rafael Neddemeyer/Fotos Públicas

O episódio da divulgação de áudios com conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff voltou a fortalecer apostas em um impeachment presidencial, o que se traduziu nesta quinta-feira, 17, em alta de 6,60% do Índice Bovespa, que fechou aos 50.913,79 pontos. Foi a maior alta porcentual da bolsa em um único dia desde 2 janeiro de 2009.

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O dólar à vista teve sua maior queda porcentual em quase um ano, terminando o dia cotado a R$ 3,6473, com baixa de 2,55%. Trata-se do maior recuo desde 23 de março de 2015.

Por que o mercado curtiu o Lula ministro?

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Os mercados já iniciaram o dia precificando a maior chance de uma troca de governo, apoiados na grande repercussão dos áudios revelados por autorização do juiz Sérgio Moro na noite de ontem. A leitura de que a nomeação de Lula teve por objetivo apenas a obtenção de foro privilegiado trouxe a percepção de que o ex-presidente levou a Operação Lava Jato para dentro do Palácio do Planalto, por envolver a presidente Dilma Rousseff no caso.

A Bovespa, que já havia aberto em forte alta, acelerou a tendência com a notícia de que o juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal do Distrito Federal, concedeu liminar suspendendo a nomeação de Lula, que acabara de ser empossado como ministro-chefe da Casa Civil. Ações ligadas ao governo, como Petrobras ON (+8,75%) e PN (+12,03%) e Banco do Brasil ON (+14,37%), foram destaques o dia todo. Eletrobras ON, que não faz parte do índice, subiu 10,38%. Tecnicamente, Lula ainda é ministro, mas não pode operar atos como tal, na avaliação do governo.

Mas a Bovespa voltaria a renovar máximas à tarde, com influência das bolsas americanas, que tiveram uma rodada de ganhos, em meio à alta dos preços do petróleo. O Índice Dow Jones fechou em alta de 0,90% (17.841,49 pontos) e com isso anulou as perdas que acumulava no ano, passando a contabilizar alta de 0,32% em 2016. O S&P avançou 0,66% no dia e está próximo de também anular as perdas no ano.