Os metalúrgicos da Bosch, na Cidade Industrial de Curitiba, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado na tarde desta segunda-feira (17). Em assembleia realizada pela manhã, os trabalhadores do primeiro turno rejeitaram a proposta da empresa sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para 2010 e iniciaram uma paralisação de 24 horas. Com a adesão dos funcionários do segundo turno, a mobilização cresceu e foi decidido iniciar uma greve.
Os trabalhadores devem se reunir em uma nova assembleia na manhã desta terça-feira (18), por volta das 5h30, independentemente de uma nova proposta da montadora. A Bosch ofereceu PLR no valor mínimo de R$ 4 mil e primeira parcela de R$ R$ 2,7 mil. Se as metas fossem atingidas, a PLR seria de R$ 5 mil. No entanto, os trabalhadores querem que o valor da primeira parcela seja maior e que o valor mínimo seja de R$ 5 mil.
A empresa tem aproximadamente 3,5 mil colaboradores em Curitiba. A fábrica produz sistema de injeção para veículos com motores a diesel e parte da produção é destinada ao mercado externo.
Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (17), a Bosch considerou que não havia necessidade de suspensão das atividades, já que as negociações com o sindicato estavam em andamento. A empresa afirma que a proposta apresentada leva em conta a recuperação do mercado interno após a crise mundial e que é preciso agir com responsabilidade e coerência para manter a competitividade do negócio.
Renault
Em assembleia realizada na porta da fábrica da Renault, nesta segunda-feira (17), os metalúrgicos votaram pela continuidade da greve. Na última sexta-feira (14), os quatro mil funcionários da empresa, que tem fábrica em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, decidiram suspender o trabalho porque não houve acordo com relação aos valores da PLR.
A Renault ofereceu PLR de R$ 7,5 mil, com pagamento mínimo de R$ 6,2 mil. O pagamento seria feito em duas parcelas e a primeira seria de R$ 4.750. Os trabalhadores reivindicam PLR de, no mínimo, R$ 9 mil e uma primeira parcela de valor superior.
Outras empresas
Os trabalhadores da Volkswagen, que paralisaram as atividades no fim de semana, fazem nova assembleia na terça-feira (18). A exigência é de que a proposta seja a mesma apresentada para os trabalhadores de São Paulo, com R$ 4,3 mil para a primeira parcela da PLR.
Os metalúrgicos da Volvo deram prazo de 48 horas na sexta-feira (14) para a empresa apresentar uma proposta. A assembleia acontece nesta terça (18). OS colaboradores exigem um valor mínimo de R$ 10 mil, o pagamento da primeira parcela em um valor similar ao das outras montadoras no dia 28 de maio, extinção da avaliação individual e a utilização somente dos blocos I e II para avaliação e pagamento da PLR em 2010.
Na última semana, os trabalhadores da New Holland também rejeitaram a proposta de PLR de R$ 3,8 mil, com adiantamento de R$ 1,9 mil, apresentada pela empresa. Eles exigem um valor de no mínimo 80% do que for fechado nas montadoras instaladas no Paraná. A assembleia está marcada para terça-feira (18).
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast