Os 11 mil metalúrgicos das montadoras Renault, Volvo e da Volkswagen-Audi rejeitaram por unanimidade, na manhã desta quinta-feira, a proposta de elevação salarial feita pelo sindicato patronal e decidiram manter a paralisação por mais 24 horas. As montadoras de veículos já haviam parado durante toda a quarta-feira e as de caminhões iniciou a manifestação esta manhã.
Em assembléias nesta quinta-feira (21) pela manhã, os metalúrgicos da Renault, da Volvo e da Volkswagen-Audi rejeitaram proposta de elevação salarial feita pelo sindicato patronal e decidiram paralisar por mais 24 horas.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), as empresas ofereceram reajuste de 2,85% baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aumento real de 2,10% e abono de R$ 250,00. Porém, 0,78% do aumento real seriam incorporados apenas em setembro de 2007. "É pouco. É quase a mesma proposta de ontem (quarta-feira)", avalia o presidente do SMC, Sérgio Butka.
Reivindicação
Os trabalhadores reivindicam 5% de aumento real e 2,85% de reajuste salarial baseado no INPC acumulado nos últimos 12 meses. Na quarta-feira, os metalúrgicos já haviam rejeitado a proposta do Sinfavea que previa 1,3% de aumento real, incorporado já neste mês de setembro, 2,85% de reajuste salarial, com base no INPC, e abono de R$ 150,00.
Novas assembléias devem acontecer na manhã desta sexta-feira, quando será decidido os rumos da paralisação. Até lá, a categoria aguarda nova proposta do Sinfavea. Se a próxima oferta for novamente recusada, em qualquer uma das montadoras, explica o SMC, o sindicato vai cortar negociações com o sindicato patronal e partir para a conversação empresa a empresa.
A data-base (mês de negociação salarial) da categoria é em setembro. Nesse ano, estão sendo negociadas apenas as cláusulas econômicas, já que as cláusulas sociais foram negociadas por dois anos, ou seja, vigoram até 2007.
Produção
Segundo o SMC, com a paralisação, os 3,5 mil trabalhadores da Renault deixam de produzir 250 veículos por dia - modelos Clio, Senic e Megane. Cerca de 85% da produção da montadora francesa é negociada com o mercado interno. O restante é exportado para Argentina, Uruguai, Venezuela, Marrocos e Cuba.
A Volkswagen-Audi de São José dos Pinhais tem 3,8 mil funcionários, responsáveis pela fabricação dos automóveis Fox, Golf e Audi A3. A empresa, ainda segundo o sindicato, produz até 810 veículos ao dia, sendo que 60% da produção é negociada com o mercado interno e 40% com o externo.
Já a Volvo tem cerca de 1,8 mil trabalhadores, produz, diariamente, de seis a oito ônibus e 32 a 35 caminhões. A fábrica exporta 30% de sua produção e vende os outros 70% ao mercado interno.
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