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As negociações salariais tiveram deliberações diferentes na Volvo e na Volkswagen na manhã desta quinta-feira (5). Os metalúrgicos da Volkswagen não aceitaram a proposta da empresa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e entraram em greve por tempo indeterminado. Na Volvo, os trabalhadores votaram a proposta negociada entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) na quarta-feira (3). Eles encerraram a greve, iniciada na última segunda-feira (2) e voltaram ao trabalho.

De acordo com o sindicato, a Volkswagen ofereceu pagamento da primeira parcela da PLR no valor de R$ 4,6 mil e não foi feita proposta para a segunda parcela. Os trabalhadores reivindicam PLR no valor de R$ 12 mil, com a primeira no valor de R$ 6 mil.

Aproximadamente 2,2 mil trabalhadores do 1º. e 3º. turnos participaram da assembleia na porta da Volks, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e decidiram pela paralisação. Os colaboradores do 2º. turno também votaram a medida às 14 horas.

Independentemente da apresentação de uma nova proposta por parte da empresa, a continuidade ou suspensão da greve será votada pelos trabalhadores somente na manhã de segunda-feira (9). Não haverá expediente nesta quinta, na sexta-feira (6) e nem no fim de semana.

A empresa tem 3,8 mil funcionários e a produção diária é de 810 veículos.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Volkswagen, por volta das 9h10 de quinta-feira, e não obteve retorno.

O presidente da marca no Brasil, Thomas Schmall, afirmou na quarta-feira (4) que a empresa estava disposta a negociar, mas as partes ainda não tinham fechado acordo, apesar de terem realizado uma reunião na quarta. Volvo

Em assembleia realizada na fábrica, localizada no bairro Cidade Industrial, os trabalhadores aceitaram a proposta negociada na audiência conciliatória - que ocorreu no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR) - na quarta-feira. A paralisação foi encerrada e os colaboradores voltaram ao trabalho.

Os metalúrgicos irão receber PLR de R$ 15 mil no caso de cumprimento de 100% das metas. O benefício seria pago em duas parcelas. A primeira, de R$ 7 mil, será paga na próxima semana. A segunda, cujo valor está atrelado ao cumprimento das metas, será paga em fevereiro de 2012.

A proposta cobriu a reivindicação dos trabalhadores, que solicitavam PLR com primeira parcela de R$ 8 mil e mais R$ 2 mil em vale-mercado.

Esse foi o maior acordo de PLR do Brasil no setor privado, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e vai injetar R$ 48 milhões na economia do estado.

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