Trabalhadores ligados à Força Sindical do Paraná prometem cruzar os braços na manhã desta quarta-feira (28) em Curitiba e outras cidades do estado. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, mais de 40 mil funcionários de empresas e setores diversos devem paralisar as atividades durante o dia.

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A mobilização faz parte do Dia Nacional de Lutas, organizado por seis centrais sindicais - Central Única dos trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) - e que contará com atividades em todo o país.

Os trabalhadores protestam contra a onda de demissões na indústria - principalmente no setor automotivo - e as recentes mudanças feitas pelo governo federal que tornam mais rigorosas as regras para a concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas, como o seguro-desemprego e auxílio doença.

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Em Curitiba e Região Metropolitana, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, os trabalhadores farão protestos e paralisações desde a madrugada em várias fábricas como Bosch, CNH, Volvo, WHB, Perfecta, Seccional, Aker Solutions, Maflow, Hass do Brasil, Volkswagen, Renault e Brafer, entre outras.

Às 10h, os trabalhadores das diversas centrais sindicais se reunirão em Curitiba na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio do INSS. Conforme o sindicato, a mobilização em Curitiba também contará com trabalhadores de Maringá, Cascavel, Londrina e Foz do Iguaçu.

Diálogo

Com o aumento das resistências às medidas de restrição ao acesso dos trabalhadores aos benefícios trabalhistas e previdenciários, o governo intensificou o diálogo com as centrais sindicais.

Além de uma reunião marcada para o próximo dia 3 com os dirigentes das centrais sindicais, as áreas técnicas dos ministérios do Planejamento, Trabalho e Previdência estão tendo reuniões com representantes dos sindicalistas.

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As centrais questionaram os números apresentados pelo governo de economia de despesas com as medidas. As conversas com as centrais estão sendo comandadas pelo ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência da República), Nelson Machado (Planejamento), Manoel Dias (Trabalho) e Carlos Gabas (Previdência).

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não participa desse grupo negociador. "O governo quer manter a porta do diálogo aberta", disse uma fonte da área econômica.

Segundo apurou a reportagem, o Ministério da Fazenda já contava com ajustes nas medidas durante as negociações no Congresso Nacional, mas considera fundamental a manutenção dos objetivos centrais das reformas no acesso dos trabalhadores aos benefícios trabalhistas e previdenciários. As medidas fazem parte do ajuste fiscal do Plano Levy de recuperação da confiança no país e na retomada dos investimentos.