O México acolheu, no sábado (17), as preocupações de vários países latino-americanos sobre a economia mundial, durante reunião que convocou em Montevidéu na qualidade de presidente rotativo do G20, da qual se ausentaram os representantes de Brasil e Argentina.
O encontro, convocado no âmbito da 53ª assembleia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na capital uruguaia, contou com a participação de ministros da Economia e das Finanças de vários países da região.
"O balanço da reunião continua implicando otimismo", disse a jornalistas o secretário mexicano da Fazenda, José Antonio Meade.
"Foi feita uma indicação de que não há lugar para uma estratégia protecionista. Se tivermos que sair deste ambiente econômico complicado deve ser pela via de nos coordenarmos e não cairmos nestas tentações e esse foi um consenso bastante generalizado", afirmou o funcionário, em meio a rusgas sobre medidas protegionistas na região.
México e Peru, ao lado de Chile e Colômbia, informaram que avaliam processar a Argentina perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) pelas restrições impostas aos seus produtos para ingressar no país.
Hernán Lorenzino, ministro das Finanças argentino, cujo país integra o G20 junto com Brasil e México como únicos países latino-americanos presentes ao fórum, não participou do encontro. A ministra brasileira de Planejamento e Orçamento, Miriam Belchior, tampouco.
O ministro mexicano detalhou que os países participantes propuseram temas como o desenvolvimento dos mercados locais para evitar impactos indesejados dos fluxos de capital, bem como a manutenção dos "consensos na área da regulação" para evitar a diminuição de liquidez na região.