| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Após a divulgação no último dia 31 de um prejuízo de R$ 14,4 bilhões da Eletrobras no ano passado, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, foi ao Ministério da Fazenda na segunda-feira (4) discutir com Nelson Barbosa a situação financeira da estatal. Segundo ele, a principal questão a ser debatida é quais mecanismos podem ser utilizados para se realizar aportes financeiros às distribuidoras de energia do grupo Eletrobras que foram os maiores responsáveis pelo resultado deficitário do ano passado.

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“Um dos mecanismos pode ser a antecipação de formação de capital por parte da Eletrobras ou ainda a utilização de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para amortização de dívidas dessas companhias com a Petrobras”, disse Braga ao chegar ao Ministério da Fazenda.

Questionado sobre a redução da capitalização da Eletrobras, prevista originalmente em R$ 5,9 bilhões, para apenas R$ 1 bilhão, o ministro disse que é preciso esperar o pagamento da segunda parcela das outorgas pelas 29 usinas leiloadas pelo governo em novembro do ano passado. No total, o leilão rendeu R$ 17 bilhões para o governo, dos quais R$ 11,05 bilhões já foram incorporados ao caixa do Tesouro e os R$ 5,95 bilhões restantes serão pagos até o fim do primeiro semestre deste ano. Segundo Braga, apesar de o orçamento do MME após os contingenciamentos anunciados pelo governo só prever R$ 1 bilhão em repasse para a Eletrobras, os demais recursos podem ser direcionados para a estatal no segundo semestre através de um descontingenciamento pela Fazenda.

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Questionado sobre possíveis tratativas entre governo e Petrobras sobre os preços dos combustíveis, Braga negou ter conhecimento sobre discussões dessa natureza.

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