O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, do PT, defendeu na quinta-feira (3) as alterações nas regras da caderneta de poupança como instrumento para redução dos juros no país. "Mas, os instrumentos que deverão ser usados para modificar isso acredito que a presidenta (Dilma Rousseff) e a área econômica vão definir", afirmou a jornalistas.

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Segundo o ministro, tanto o setor produtivo quanto o povo brasileiro apoiam mudanças que levarão à redução dos juros. "Há uma determinação e uma disposição do governo de enfrentar esta batalha da redução das taxas de juros e isso é muito positivo."

O governo deve anunciar na tarde desta quinta-feira novas regras para o rendimento da caderneta de poupança, para evitar uma fuga de recursos de outros aplicações financeiras diante do cenário de juros mais baixos na economia brasileira.

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O discurso do ministro do Desenvolvimento Agrário foi endossado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que apoia alterações no rendimento da poupança para evitar que os recursos dos fundos de investimento migrem para as cadernetas. Ele ressalvou que as novas regras só devem valer para novos poupadores. "O caminho é que não sejam mudadas regras para os depósitos já efetuados, mas os novos depósitos podem obedecer a novos critérios."

Outro que sustenta a mudança na caderneta para novos correntistas é o presidente da Central Sindical de Profissionais (CSP), Antonio Fernandes dos Santos Neto. Ele também elogiou a determinação da presidente Dilma em reduzir as taxas de juros, mas argumentou que até agora os benefícios não chegaram a quem deseja renegociar antigas dívidas. Para Neto, as vantagens estão envolvendo apenas novos empréstimos. "A presidente fala, determina, mas parece um paquiderme. Você dá um toque, mas até chegar ao cérebro do paquiderme, demora muito", disse.

O sindicalista, Paulo Skaf e outras lideranças participam de reunião com a presidente, que mantém encontros desde o final da manhã com ministros da área econômica e política, além das lideranças dos partidos aliados.