Ministros de Finanças da zona do euro devem aprovar na segunda-feira um segundo pacote de apoio econômico à Grécia, medida que autoridades esperam que seja suficiente para encerrar quatro meses de instabilidade social e turbulência nos mercados que abalaram Atenas.
Diplomatas e economistas não esperam, porém, que o pacote resolva os problemas econômicos da Grécia, algo que pode levar uma década ou mais.
Eles esperam, no entanto, que o acordo na segunda-feira ajude a reestruturar a enorme dívida do país, conceda mais suporte financeiro e mantenha os gregos dentro da zona do euro.
Autoridades de ministérios das Finanças da zona do euro e o Banco Central Europeu mantiveram uma teleconferência neste domingo sobre os detalhes finais do pacote de 130 bilhões de euros, entre eles uma análise de sustentabilidade de dívida crítica ao Fundo Monetário Internacional.
Apesar de ainda haver ceticismo em alguns países de que a Grécia poderá cumprir seus compromissos, incluindo a implementação de cortes de gastos de 3,3 bilhões de euros e aumentos de impostos, autoridades afirmam que a tendência caminha para aprovação de um acordo na segunda-feira.
"No momento, a situação parece ir exatamente em direção a este caminho", disse a ministra das Finanças da Áustria, Maria Fekter, no domingo, quando perguntada se um pacote será aprovado.
"Eu não creio que há maioria para irmos a uma direção diferente porque um caminho diferente seria enormemente árduo e custaria muito, muito dinheiro", acrescentou em entrevista à TV.
Um representante da zona do euro em contato com assessores ministeriais envolvidos na teleconferência deste domingo afirmou que apesar de ainda haver detalhes a serem resolvidos sobre alguns números, eles não são grandes o bastante para arriscarem um fracasso do acordo.
"Não vejo ninguém querendo ser responsável por um fracasso no acordo a este estágio tardio", disse ele.
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