Os ministros de Finanças da zona do euro reuniram-se neste domingo (20) em Luxemburgo para negociar a liberação de mais uma parte do financiamento de 110 bilhões de euros oferecido à Grécia no ano passado, mas continuaram divididos em relação a um assunto muito mais polêmico: um segundo pacote de auxílio para o país.
Em Atenas, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, disse que a Grécia estava negociando a possibilidade de os países europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI) bancarem um novo empréstimo, de aproximadamente 100 bilhões de euros, ao governo grego. Ele também pediu ao parlamento da Grécia para que aprove seu gabinete durante um voto de confiança agendado para a próxima terça-feira. "Dessa forma, com uma voz forte, poderemos negociar um novo acordo", acrescentou.
Ministros de Finanças reunidos em Luxemburgo demonstraram otimismo em relação à liberação de 8,7 bilhões de euros para a Grécia. Os recursos fazem parte do pacote de resgate oferecido ao país pela União Europeia e pelo FMI no ano passado.
Os países envolvidos no empréstimo estão preocupados com a possibilidade de o governo grego não cumprir as metas de ajuste fiscal, mas também não querem permitir que a Grécia fique sem dinheiro para pagar suas dívidas, pois isso seria prejudicial a outras nações da zona do euro. Diante desse quadro, há mais chances de a nova parte de recursos ser liberada pelos ministros de Finanças.
A ministra de Finanças da Espanha, Elena Salgado, disse estar esperançosa a respeito da concessão do empréstimo. "O que gostaríamos de fazer é desbloquear a próxima parte dos fundos que a Grécia precisará nos próximos meses". Sobre o novo pacote de resgate para a Grécia, Elena mostrou-se mais cautelosa afirmando que qualquer acordo referente a isso ficará em segundo plano no momento.